São Paulo, sábado, 25 de abril de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@grupofolha.com.br

EFEITOS DA GRIPE
A gripe suína que teve início no México e já atingiu os EUA deve mexer com o mercado mundial, a exemplo do que havia ocorrido com a gripe aviária na Ásia e a explosão da doença da vaca louca na Europa.

QUEDA NOS PREÇOS
O primeiro efeito dessa gripe no mercado externo será a queda dos preços -as pessoas temerão comer essa carne. Alguns países vão fechar o mercado para o produto vindo do México e, provavelmente, dos Estados Unidos.

BENEFICIA BRASIL
Essa mudança de mercado deve favorecer o Brasil, como ocorreu com as carnes de frango e bovina, em que o país é líder mundial nas exportações. A avaliação é de Jurandi Soares Machado, diretor de mercado interno da Abipecs.

MUDANÇA GEOGRÁFICA
Dependendo da extensão da gripe, haverá uma mudança nos países fornecedores de carne suína ao mundo. Com isso, o Brasil pode, no médio prazo, ganhar mercado. Por ora, o país tem cerca de 100 mil toneladas extras que poderia exportar.

INVESTIMENTOS
A oferta de carne suína seria maior já no próximo ano, mas muitos investimentos programados para o período estão sendo tocados lentamente com o surgimento da crise financeira mundial. O aumento de oferta demora 11 meses para ser incrementado, período da criação ao abate do animal.

RECUPERAÇÃO
Mercado chinês e isenção no IPI, no PIS e na Cofins na compra de insumos para a fabricação de produtos para exportação podem levar a produção de frango a superar 11 milhões de toneladas neste ano, diz Andrea Gessulli, diretora da Avesui, que ocorre na semana que vem em São Paulo.

QUESTÃO DE QUALIDADE
A seca provocou perda de qualidade em parte do arroz gaúcho. Com isso, os preços, que vinham caindo com o avanço da safra, se recuperaram nesta semana, principalmente os do produto de melhor qualidade.

ABAIXO DO ESPERADO
O álcool não subiu tanto nesta semana quanto alguns analistas esperavam. O Cepea apurou um valor médio de R$ 0,6846 por litro, sem impostos, na porta das usinas, para o álcool hidratado. A alta foi de 2,13% na semana.

QUEDA NA BOMBA
Já o anidro, misturado à gasolina, teve alta média de 2,39% -R$ 0,7543 por litro na semana. Nos postos de São Paulo, o álcool recuou 1,9% na semana, acumulando 5,1% em 30 dias, segundo pesquisa da Folha.


Texto Anterior: Petrobras: Justiça autoriza pagamento a acionistas
Próximo Texto: Vale e CSN fazem acordo
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.