|
Próximo Texto | Índice
Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
Escassez de mão-de-obra aflige construtoras
A carência de mão-de-obra
para a construção pesada começa a preocupar o setor em
São Paulo. A estimativa é a de
que faltam 5.000 trabalhadores
no Estado, escassez que deve
dobrar no ano que vem, segundo o Sinicesp (Sindicato da Indústria da Construção Pesada
do Estado de São Paulo).
Neste ano, as contratações
para a construção pesada têm
crescido de 3% a 4% ao mês no
Estado. Em abril do ano passado, 28 mil trabalhadores estavam empregados no setor. Hoje, são 45 mil.
Uma das idéias para formar
trabalhadores especializados é
oferecer um curso itinerante de
formação. O Sinicesp começou,
em parceria com a Fiesp e o Senai, a estruturar o curso, que
será ministrado, a princípio,
em São Paulo e em Campinas.
Na capital, os alunos terão
aulas no canteiro de obras do
metrô e, em Campinas, uma
construtora cedeu as instalações para as aulas práticas.
O programa poderá ser oferecido também em outras cidades do interior. O curso, que vai
durar até três meses, começará
no fim do primeiro semestre.
"A idéia é formar, até o fim do
ano, pelo menos algo perto de
5.000 trabalhadores", afirma o
presidente do sindicato, Marlus Renato Dall'Stella.
O Sinicesp prevê que a demanda por profissionais vai aumentar por causa do avanço de
obras como a expansão do metrô na capital, o início da segunda fase de construção do Rodoanel e as obras em estradas vicinais no interior.
"Nós não temos nenhuma
dúvida de que, no ano que vem,
vamos precisar de o dobro das
5.000 vagas existentes hoje",
diz o presidente do sindicato.
Dall'Stella afirma que os investimentos no setor portuário
também devem puxar a demanda por trabalhadores.
Segundo o sindicato, as construtoras estão com mais de 40
mil funcionários contratados e
sentem falta de motoristas de
caminhões, operadores de máquinas, mecânicos e topógrafos, entre outros profissionais.
Fecomercio lança cartilha sobre cheques
Entre os meses de março
do ano passado e fevereiro de
2008, foi transacionado cerca de 1,5 bilhão de cheques,
de acordo com dados da Fecomercio.
Desse montante, aproximadamente 104 milhões foram devolvidos -o que representa um total de R$ 83,4
bilhões (perda estimada do
varejo).
Do total de devoluções,
cerca de 10% representam
cheques devolvidos por diferentes motivos, como furto,
clonagem, adulteração ou
outras irregularidades -correspondendo a cerca de R$
8,34 bilhões.
O restante, aproximadamente 94,1 milhões, são cheques sem fundos ou bloqueados.
As informações fazem parte da cartilha "Cuidados Necessários na Hora de Receber um Cheque", desenvolvida pela Fecomercio, que será
lançada amanhã.
CALDEIRÃO
Dois grandes amigos economistas, um de banco privado
(Bradesco), Octavio de Barros, outro de banco público
(BNDES), Fabio Giambiagi -ambos viciados em pensar o
Brasil no longo prazo-, decidiram organizar o livro "Brasil
Globalizado", que reúne não só artigos seus mas também de
estudiosos de diferentes correntes (Affonso Celso Pastore,
Luciano Coutinho, Fernando Henrique Cardoso, Claudio
Haddad, Armando Castelar, Regis Bonelli, Marcos Jank, Paulo Levy etc.). O prefácio é de Henrique Meirelles, a orelha, de
Roger Agnelli, e a contracapa, de Jorge Gerdau. O livro pensa
a inserção do Brasil no mundo e aprofunda o tema da abertura da economia brasileira daqui para frente. O lançamento
é amanhã, às 19h, na livraria Cultura do Conjunto Nacional
(SP), e quinta, no mesmo horário, na Argumento (RJ).
BRINDE "GENEROSO"
O chef Alex Atala, do
D.O.M., aliou-se à marca
Dom Pérignon. Juntos,
servirão a bebida em taça
durante o ano. "Desconheço outra casa nas
Américas que esteja servindo a bebida na taça. Se
não fosse pela parceria,
eu nunca na vida poderia
fazer isso", diz Atala. Para
o chef, trata-se de uma
"generosidade" de todas
as partes no cálculo da lucratividade. "Foi uma forma de oferecer a bebida
por um preço, entre aspas, acessível." A taça sai
por R$ 98 no D.O.M.. Durante o ano, novas ações
serão apresentadas. Nesta
semana, a dupla oferece a
bebida com caviar.
NA SACOLA
Amanhã, na abertura da
Apas 2008, a Abras e a Apas
formalizam acordo com a indústria do plástico para reduzir em, no mínimo, 30% o
uso de sacolas plásticas.
GRÃO EM GRÃO
Desde que implantou seu
projeto de reciclagem, em
2001, a rede Pão de Açúcar já
arrecadou cerca de 25 mil
toneladas de plásticos, papéis, metais, alumínios e vidros. O volume cresce, em
média, 35% ao ano e o volume verificado no mês passado é mais que o dobro do registrado há dois anos.
NOS TRÓPICOS
O presidente Lula participa da sessão inaugural do
20º Fórum Nacional de João
Paulo dos Reis Velloso, que
completa 20 anos e que, nesta edição, tem uma programação especial. Entre outros debates, haverá a discussão sobre os "200 anos de
independência econômica
(sob o signo da incerteza)".
O fórum começa amanhã e
vai até sexta, no BNDES, no
Rio de Janeiro.
NO BOLSO
A Fresenius Medical Care,
empresa do Grupo Fresenius SE, vai apresentar durante a Feira Hospitalar
2008 uma nova tecnologia,
desenvolvida pela empresa,
que promete economia de
até 50% em tratamento renal para pacientes agudos. A
feira começa, em São Paulo,
no dia 10 de junho.
EU, ROBÔ
Nos dias 31 deste mês e 1º
de junho, acontece o torneio
de robótica First Lego League. O evento, que comemora dez anos, foi desenvolvido
em parceria com a Lego
Education, representada pela Edacom Tecnologia no
Brasil. O torneio terá a participação de cerca de 400 estudantes de 10 a 15 anos.
Neste ano, o tema será desafio energético. Os selecionados participarão da etapa
nacional, que ocorrerá em
agosto, em São Paulo.
NAS ÁGUAS
O Kurotel abre, em Gramado (SP), o Kur Estação
das Águas e Spa, com 1.300
m2 e investimento de R$ 2
milhões. A expectativa é obter um incremento de 10%
nos negócios do grupo. A
partir deste ano, o modelo
de estação das águas vai para o Nordeste e, em 2009,
segue para a Ásia.
LIGA
A Linx Sistemas e a Quadrant, empresas de soluções
de TI, vão fundir suas operações. As empresas terão,
juntas, base de 2.500 clientes, 10 mil pontos-de-venda
e 400 colaboradores. Com a
incorporação, o grupo Linx
quer atingir R$ 70 milhões
de faturamento no ano.
PALCO
A Femsa comemora 15
anos do Prêmio Femsa de
Teatro Infantil e Jovem,
com investimento de R$ 5
milhões desde sua criação. O
evento, única premiação da
América Latina voltada apenas para o teatro infanto-juvenil, acontece na terça, no
Villa Noah, em São Paulo.
com JOANA CUNHA e VERENA FORNETTI
Próximo Texto: Governo já estuda limitar benefício Índice
|