São Paulo, terça-feira, 25 de junho de 2002

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MERCADO FINANCEIRO

Queda acumulada de 11% na semana passada fez com que preço de ações ficasse atrativo; juros caem

Após quatro quedas, Bovespa sobe 3,47%

DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de Valores de São Paulo encerrou o dia ontem em alta de 3,47%, para 10.759 pontos. O giro financeiro foi de R$ 616,821 milhões. Foi a primeira alta do Ibovespa após quatro pregões consecutivos de baixa.
O dia positivo para os outros mercados ajudou a ampliar a tranquilidade da Bovespa.
A melhora no candidato do governo, José Serra (PSDB), em uma pesquisa de intenção de voto para as eleições deste ano animou o mercado. Além disso, há o fato de que ações estão com preços bastante atrativos. Na semana passada, o Ibovespa acumulou desvalorização de 11%, em dias em que investidores fugiam de papéis brasileiros, temendo a possibilidade de o país dar um calote no pagamento de sua dívida.
Ações de empresas de telecomunicações puxaram a alta de ontem. Tele Centro Oeste PN subiu 11,5%, Tele Celular Sul PN, 10,4%, e Telemig PN, 7,8%.
A maior queda do dia foi dos papéis PNA da Vale do Rio Doce, que se desvalorizaram em 4,6%. As ações da empresa, exportadora, haviam sido beneficiadas com a alta do dólar.
No mercado futuro, as projeções para os juros caíram forte.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), as taxas dos contratos para janeiro, os mais negociados, passaram dos 26,26% da sexta-feira para 25,58% ontem.
"Os juros atingiram um patamar absurdo e, naturalmente, as taxas irão voltar", avalia Joaquim Kokudai, diretor de tesouraria do Lloyds TSB.
A taxa básica de juros brasileira está, hoje, em 18,5% ao ano.
Segundo um operador, na sexta-feira, encerrou-se o processo de "stop loss", pelo qual passou este mercado. Muitos investidores preferiram abandonar posições e embolsar prejuízos.

Leilão cancelado
Pela segunda semana consecutiva, o Tesouro Nacional cancelou leilão de venda de títulos públicos, sempre realizado às terças-feiras.
Segundo comunicado, o Tesouro informou que o cancelamento se deve à volatilidade atual do mercado financeiro.
Na última vez em que houve um leilão de LTNs, dia 11, o Tesouro não conseguiu vender todo o lote ofertado e pagou taxas consideradas altas.
(ANA PAULA RAGAZZI)


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