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MERCADO FINANCEIRO
Queda acumulada de 11% na semana passada fez com que preço de ações ficasse atrativo; juros caem
Após quatro quedas, Bovespa sobe 3,47%
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bolsa de Valores de São Paulo
encerrou o dia ontem em alta de
3,47%, para 10.759 pontos. O giro
financeiro foi de R$ 616,821 milhões. Foi a primeira alta do Ibovespa após quatro pregões consecutivos de baixa.
O dia positivo para os outros
mercados ajudou a ampliar a
tranquilidade da Bovespa.
A melhora no candidato do governo, José Serra (PSDB), em uma
pesquisa de intenção de voto para
as eleições deste ano animou o
mercado. Além disso, há o fato de
que ações estão com preços bastante atrativos. Na semana passada, o Ibovespa acumulou desvalorização de 11%, em dias em que
investidores fugiam de papéis
brasileiros, temendo a possibilidade de o país dar um calote no
pagamento de sua dívida.
Ações de empresas de telecomunicações puxaram a alta de
ontem. Tele Centro Oeste PN subiu 11,5%, Tele Celular Sul PN,
10,4%, e Telemig PN, 7,8%.
A maior queda do dia foi dos
papéis PNA da Vale do Rio Doce,
que se desvalorizaram em 4,6%.
As ações da empresa, exportadora, haviam sido beneficiadas com
a alta do dólar.
No mercado futuro, as projeções para os juros caíram forte.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), as taxas dos contratos para janeiro, os mais negociados, passaram dos 26,26% da
sexta-feira para 25,58% ontem.
"Os juros atingiram um patamar absurdo e, naturalmente, as
taxas irão voltar", avalia Joaquim
Kokudai, diretor de tesouraria do
Lloyds TSB.
A taxa básica de juros brasileira
está, hoje, em 18,5% ao ano.
Segundo um operador, na sexta-feira, encerrou-se o processo
de "stop loss", pelo qual passou
este mercado. Muitos investidores preferiram abandonar posições e embolsar prejuízos.
Leilão cancelado
Pela segunda semana consecutiva, o Tesouro Nacional cancelou
leilão de venda de títulos públicos,
sempre realizado às terças-feiras.
Segundo comunicado, o Tesouro informou que o cancelamento
se deve à volatilidade atual do
mercado financeiro.
Na última vez em que houve um
leilão de LTNs, dia 11, o Tesouro
não conseguiu vender todo o lote
ofertado e pagou taxas consideradas altas.
(ANA PAULA RAGAZZI)
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