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Governo envia
explicações
a argentinos
DE BUENOS AIRES
Em resposta ao pedido dos
argentinos, o governo brasileiro enviou ontem ao Serviço
Nacional de Qualidade Agroalimentar (Senasa), que fica em
Buenos Aires, um comunicado
sobre a identificação de um foco de febre aftosa em Monte
Alegre, no Pará, e sobre as medidas de prevenção que estão
sendo adotadas em relação ao
problema.
A identificação do foco, divulgada no último dia 17, levou
a Rússia e, em seguida, a Argentina a suspender as importações de carne do Brasil.
O embargo argentino foi
adotado na última quinta-feira
e irritou o governo brasileiro
por causa da parceria dos dois
países no Mercosul, bloco que
também inclui Uruguai e Paraguai.
O governo argentino, por sua
vez, não ficou satisfeito com o
comunicado enviado pelo Brasil à Organização Internacional
de Epizootia e Saúde Animal
(OIE) e alegou que, justamente
por causa da parceria, o país
merecia um comunicado especial sobre o problema sanitário
detectado no Brasil.
De acordo com o Serviço Nacional de Qualidade Agroalimentar, os técnicos argentinos
vão analisar os fatos antes de
decidir se a suspensão à importação da carne brasileira será
levantada ou não.
Três bois
Segundo funcionários da Senasa, o governo argentino está
preocupado com o fato de as
autoridades sanitárias no Brasil
não saberem identificar a origem do foco da doença.
De acordo com o Ministério
da Agricultura do Brasil, a
doença foi identificada apenas
em três bois e em uma região
isolada da área exportadora,
portanto o foco da doença não
ameaçaria os produtos de exportação.
A suspensão das importações
argentinas afeta somente o comércio de carne de porco, já
que o vizinho não importa carne bovina do Brasil, que é hoje
o maior produtor mundial do
produto.
As vendas de carne suína para o parceiro do Mercosul, porém, somaram 13 mil toneladas
neste ano, representando cerca
de US$ 16 milhões.
(CLÁUDIA DIANNI)
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