Empresa perde US$ 8,7 bi com crise e alta do combustível

DA REDAÇÃO

A Ford, a segunda maior montadora dos Estados Unidos, teve no segundo trimestre deste ano o maior prejuízo da sua história para um período de três meses, resultado da crise na economia americana e do aumento do preço do petróleo, que fizeram o consumidor buscar veículos mais econômicos.
A empresa perdeu US$ 8,7 bilhões de abril a junho, devido especialmente à redução do valor de suas operações de picapes e utilitários esportivos, veículos que foram a sua aposta nos últimos anos, mas que vêm perdendo espaço entre os consumidores porque gastam mais combustível. Os americanos estão mudando seu perfil de compra de carros, buscando modelos mais econômicos, devido ao aumento no preço da gasolina -resultado da alta na cotação do barril de petróleo.
Uma das conseqüências dessa mudança de atitude dos americanos é que a Ford confirmou ontem que vai remodelar três unidades nos Estados Unidos -usadas até então para a produção de picapes e utilitários- para fabricar carros menores e mais econômicos e trará para o país seis modelos europeus. Recentemente, ela tinha afirmado que reduziria a produção de modelos maiores em algumas fábricas neste ano. A companhia pretende ainda acelerar a introdução de motores mais econômicos.
"Nós continuamos tomando ações decisivas em resposta a um ambiente de negócios em mudança acelerada e permanecemos absolutamente comprometidos aos elementos do nosso plano de transformação dos negócios", afirmou o presidente-executivo Alan Mulally.
O executivo da Ford disse também que o segundo semestre continuará a ser desafiador para a montadora, que perdeu pouco mais de US$ 15 bilhões entre 2006 e 2007.
A GM, a rival histórica da Ford nos EUA, ainda não divulgou a data do seu balanço, mas ela também deve anunciar perdas expressivas.


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