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Falta de acordo levará a alta em alimentos, diz CNA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A CNA (Confederação da
Agricultura e Pecuária do Brasil) criticou ontem o impasse
nas negociações da Rodada Doha de liberalização comercial
da OMC, avaliando que um
eventual fracasso em acordo na
área agrícola "servirá como
combustível para uma alta no
preço dos alimentos."
Em nota divulgada no fim da
tarde, o presidente da Comissão Nacional de Comércio Exterior da CNA, Gilman Viana
Rodrigues, afirma que "o cenário observado nas negociações
aponta para mais um adiamento de uma decisão que resulte
na abertura do comércio".
Como conseqüência do impasse, argumentou Rodrigues,
"essa restrição ao comércio será revertida só quando houver
um desequilíbrio no abastecimento. Quem tiver [alimentos
para exportar] receberá mais."
Desastres naturais na Ásia,
uso de grãos para biocombustíveis nos EUA e na Europa, especulação nos mercados futuros de commodities agrícolas
após o estouro da bolha imobiliária nos EUA e aumento do
preço do petróleo vêm pressionando a cotação dos alimentos.
Segundo a CNA, uma conclusão
insatisfatória de Doha agrava
esse quadro.
A proposta dos EUA de limitar os subsídios domésticos em
US$ 15 bilhões foi elogiada pela
CNA porque impediria o repasse de subsídios de uma lavoura
para outra. "Os produtos brasileiros que poderiam ser favorecidos com a medida seriam algodão, milho e soja."
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