São Paulo, sexta-feira, 25 de julho de 2008

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Falta de acordo levará a alta em alimentos, diz CNA

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) criticou ontem o impasse nas negociações da Rodada Doha de liberalização comercial da OMC, avaliando que um eventual fracasso em acordo na área agrícola "servirá como combustível para uma alta no preço dos alimentos."
Em nota divulgada no fim da tarde, o presidente da Comissão Nacional de Comércio Exterior da CNA, Gilman Viana Rodrigues, afirma que "o cenário observado nas negociações aponta para mais um adiamento de uma decisão que resulte na abertura do comércio".
Como conseqüência do impasse, argumentou Rodrigues, "essa restrição ao comércio será revertida só quando houver um desequilíbrio no abastecimento. Quem tiver [alimentos para exportar] receberá mais."
Desastres naturais na Ásia, uso de grãos para biocombustíveis nos EUA e na Europa, especulação nos mercados futuros de commodities agrícolas após o estouro da bolha imobiliária nos EUA e aumento do preço do petróleo vêm pressionando a cotação dos alimentos. Segundo a CNA, uma conclusão insatisfatória de Doha agrava esse quadro.
A proposta dos EUA de limitar os subsídios domésticos em US$ 15 bilhões foi elogiada pela CNA porque impediria o repasse de subsídios de uma lavoura para outra. "Os produtos brasileiros que poderiam ser favorecidos com a medida seriam algodão, milho e soja."


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