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Exportação de milho cresce e sustenta preço interno
No ano, as vendas externas somam 2,23 mi de toneladas por Paranaguá
Importações do Irã e leilões permitiram a saída maior do produto, mas queda dos valores internacionais compromete desempenho
MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO
O mercado externo, ao contrário do que se previa, dá suporte aos preços internos ao
milho. Previstas inicialmente
em apenas 600 mil toneladas
para este ano, as exportações
atingem 1,83 milhão de toneladas até julho, segundo a Secretaria de Comércio Exterior. A
saca de milho, negociada, em
média, a R$ 10,40 no início de
abril, esteve ontem a R$ 13,24.
Mas esse volume já é bem
maior. Até o início desta semana tinham saído por Paranaguá
(PR) 2,23 milhões de toneladas
do produto, segundo informações da direção do porto. As estimativas iniciais foram subavaliadas devido à perda de valor
do dólar no mercado interno e
aos bons estoques mundiais.
As exportações de julho atingiram 628 mil toneladas, o segundo maior volume mensal
desde 2001, quando o país começou a exportar milho em
maior quantidade.
Leonardo Junho Sologuren,
da Céleres, de Uberlândia
(MG), aponta dois motivos para a alta expressiva das exportações: a boa participação do
Irã no mercado nacional e os
leilões de PEP (Prêmio de Escoamento do Produto).
Neste mês, as exportações
estão em 247 mil toneladas. Para Sologuren, resta saber se o
ritmo será mantido. Com a recente queda dos preços do milho no exterior, o produto brasileiro fica menos competitivo.
Tomando como base o dólar
e os preços do mercado futuro
em Chicago, os exportadores
devem pagar apenas R$ 10,29
por saca para os produtores em
setembro. Para dezembro, a
previsão é de uma paridade de
R$ 11,12 e para março do próximo ano, de R$ 11,50.
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