São Paulo, Quarta-feira, 25 de Agosto de 1999
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IMÓVEIS
Presidente usa rádio para falar a mutuários
Quitem dívidas na Caixa, afirma FHC

da Sucursal de Brasília

O presidente Fernando Henrique Cardoso anunciou ontem, em cadeia de rádio, um programa de estímulo à quitação de imóveis adquiridos com financiamento da Caixa Econômica Federal, que dará até 90% de desconto do saldo devedor.
A CEF costuma oferecer esse tipo de programa a mutuários cujos contratos restringem a correção monetária das prestações e prevêem a cobertura, pelo governo, da dívida remanescente ao final do prazo de pagamento.
Os saldos devedores ao final do contrato são cobertos pelo chamado FCVS (Fundo de Compensação de Variações Salariais), de responsabilidade do Tesouro.
Do ponto de vista estritamente financeiro, a quitação antecipada não é, em geral, vantajosa para esse tipo de mutuário, já que a dívida que sobra quando o mutuário acaba de pagar as prestações é assumida pelo FCVS.
Entretanto, a quitação permite, por exemplo, a venda do imóvel a terceiros, pois com a quitação é liberada a hipoteca.
Segundo o presidente, cerca de 1 milhão de mutuários podem ser beneficiados, sendo que 200 mil podem quitar seus imóveis com menos de R$ 125 (contratos com prestações de valor muito pequeno).
"Se você é um desses mutuários (que estão próximos do fim do financiamento), vá a uma agência da Caixa Econômica e negocie a aceleração da sua quitação, com descontos que vão de 10% a 90%", disse FHC, no programa semanal de rádio "Palavra do Presidente".
O presidente disse que, se todos os pequenos devedores quitarem seus contratos, o governo federal vai acumular mais de R$ 1,6 bilhão para financiar a compra de novas moradias.
As principais agências da Caixa estarão abertas a partir do próximo fim-de-semana, para atender aos mutuários que quiserem quitar os contratos.
Nos últimos três anos, 300 mil mutuários da Caixa optaram por antecipar a quitação dos seus contratos.
Além da quitação total, mutuários também podem renegociar seus contratos, mas em todos os casos é necessária uma avaliação cautelosa das condições financeiras oferecidas pela CEF.


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