São Paulo, terça-feira, 25 de setembro de 2001

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MERCADO FINANCEIRO

Papéis da empresa estatal caem com forte baixa do petróleo; Bolsa paulista subiu apenas 1,09%

Ações da Petrobras seguram a Bovespa

DA REPORTAGEM LOCAL

A Petrobras segurou a alta da Bovespa. Os papéis da empresa caíram na esteira da forte desvalorização do petróleo no mercado internacional.
Como as ações da empresa estão entre as mais negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo, as perdas não permitiram que a alta do mercado acionário internacional se refletisse por aqui.
As ações preferenciais da Petrobras foram as mais negociadas de ontem, concentrando cerca de 20% do volume financeiro do dia. A baixa dos papéis foi de 4,8%. As ações com direito a voto (ordinárias) da Petrobras perderam ainda mais: 6,35%.
No mercado londrino o preço do petróleo despencou mais de 13%. "Com a forte baixa do petróleo lá fora, não foi possível os papéis da Petrobras se segurarem", afirma o diretor da corretora Ágora, Álvaro Bandeira.
As perdas das ações mais importantes -Telemar PN, a segunda mais negociada, caiu 1,07%- fizeram a Bovespa subir apenas 1,09%.
No mercado acionário norte-americano, os baixos preços dos papéis favoreceram os fortes ganhos das Bolsas. A Nasdaq -Bolsa eletrônica que reúne as ações de alta tecnologia- subiu 5,35%. O Dow Jones, principal índice da Bolsa de Nova York, fechou com valorização de 4,47%.
As ações das companhias de telecomunicações, que lideraram as altas na Bovespa na última semana, voltaram a se destacar no pregão de ontem.
Na liderança das altas ficou o papel ordinário da Embratel Participações. Os ganhos foram de 7,9%. Outro papel do setor que se destacou foi Brasil Telecom Participações ON, com valorização de 7,5%.
O volume financeiro se manteve no nível das duas últimas semanas. O giro no pregão de ontem ficou em R$ 535 milhões.

Juros
No pregão da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), as taxas de juros oscilaram bastante.
No contrato DI (juro interbancário) de prazo mais curto a taxa voltou a ser pressionada e fechou em 19,82% anuais. Na sexta, ficou em 19,29%.
A taxa agora está quase um ponto percentual acima da Selic (taxa básica da economia), que é de 19% ao ano.
(FABRICIO VIEIRA)



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