São Paulo, sábado, 25 de setembro de 2004

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DIA DE GREVE

Sindicalistas são presos durante protestos em SP

DA FOLHA ONLINE

A Polícia Militar voltou a prender ontem sindicalistas que participavam dos piquetes montados em frente às agências bancárias da região central de São Paulo. O diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Marcos Amaral, foi detido em frente à agência Bradesco da rua Líbero Badaró, no centro de SP.
Segundo o sindicato, Amaral foi levado para o 1º DP (Sé) e liberado em seguida.
O sindicato quer derrubar as estratégias utilizadas pelos bancos para tentar dissolver a greve dos bancários.
Entre as ações utilizadas pelos bancos está o interdito proibitório. O instrumento, segundo o advogado trabalhista Ricardo Gebrim, é usado para proteger um patrimônio numa ação ilegal. Mas o advogado diz que esse não é caso de usá-lo, pois o direito de greve está previsto na Constituição.
A Fenaban (Federação Nacional de Bancos) ainda não comentou a acusação feita pelos sindicalistas de que os bancos estão usando a polícia para conter a greve. Os bancos ofereceram 8,5% de reajuste e um adicional de R$ 30 para quem ganha até R$ 1.500. Os bancários reivindicam 25%.
A greve completou ontem seu décimo dia. A avaliação da CNB-CUT (Confederação Nacional dos Bancários da CUT) é de que a paralisação conta com a adesão de mais de 200 mil bancários de 24 capitais do país. Os bancos informam que a adesão não alcança 10% dos funcionários.
Em assembléias realizadas anteontem, a categoria decidiu manter a greve, iniciada na quarta-feira da semana passada, por tempo indeterminado.


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