São Paulo, quarta-feira, 25 de outubro de 2006

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CAMPANHA SALARIAL

Metalúrgicos da Força devem aprovar "greve canguru" em SP

DA REPORTAGEM LOCAL

A Força Sindical pode anunciar greve a partir de amanhã em empresas do setor metalúrgico, caso não se consiga negociar aumento real para os trabalhadores.
A paralisação será chamada de "greve canguru" porque pode "pular" de cidade para cidade e de empresa para empresa, segundo informam os sindicalistas.
A discussão será feita hoje com representantes de 52 sindicatos dos metalúrgicos -que, juntos, representam cerca de 700 mil metalúrgicos no Estado de São Paulo.
"Não vamos aceitar o reajuste negociado entre o setor patronal e os sindicatos da CUT que prevêem 1,9% de aumento real [os acordos foram firmados em 2004, com validade por dois anos e concedem nos dois anos 5% de aumento real]", diz Eleno José Bezerra, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo (filiado à Força)
A central sindical nega o cunho político da greve, que, se de fato acontecer, vai ocorrer às vésperas da eleição para a presidente.
"Não estou preocupado se a greve vai prejudicar o candidato Lula ou não. O importante é que os metalúrgicos apóiam a greve porque querem aumento real no bolso", afirma o sindicalista.

Reivindicações
O comando da campanha salarial da Força defende reajuste de 10% -o que inclui a reposição da inflação e ao menos 7% de ganho real.
Também pedem piso único de R$ 800, além de proibição da terceirização nas atividades fins das empresas (só pode ocorrer nas áreas de apoio, como limpeza, manutenção) e redução da jornada de trabalho.
Os fabricantes de autopeças ofereceram reajuste salarial de 3,8%, mas o percentual foi rejeitado pela categoria. No grupo 9 (reúne empresas de máquinas, eletroeletrônicos e outros), a proposta de reposição da inflação também foi recusada. (CR)

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