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CAMPANHA SALARIAL
Metalúrgicos da Força devem aprovar "greve canguru" em SP
DA REPORTAGEM LOCAL
A Força Sindical pode
anunciar greve a partir de
amanhã em empresas do setor metalúrgico, caso não se
consiga negociar aumento
real para os trabalhadores.
A paralisação será chamada de "greve canguru" porque pode "pular" de cidade
para cidade e de empresa para empresa, segundo informam os sindicalistas.
A discussão será feita hoje
com representantes de 52
sindicatos dos metalúrgicos
-que, juntos, representam
cerca de 700 mil metalúrgicos no Estado de São Paulo.
"Não vamos aceitar o reajuste negociado entre o setor
patronal e os sindicatos da
CUT que prevêem 1,9% de
aumento real [os acordos foram firmados em 2004, com
validade por dois anos e concedem nos dois anos 5% de
aumento real]", diz Eleno
José Bezerra, presidente do
Sindicato dos Metalúrgicos
de São Paulo (filiado à Força)
A central sindical nega o
cunho político da greve, que,
se de fato acontecer, vai
ocorrer às vésperas da eleição para a presidente.
"Não estou preocupado se
a greve vai prejudicar o candidato Lula ou não. O importante é que os metalúrgicos
apóiam a greve porque querem aumento real no bolso",
afirma o sindicalista.
Reivindicações
O comando da campanha
salarial da Força defende
reajuste de 10% -o que inclui a reposição da inflação e
ao menos 7% de ganho real.
Também pedem piso único de R$ 800, além de proibição da terceirização nas atividades fins das empresas
(só pode ocorrer nas áreas de
apoio, como limpeza, manutenção) e redução da jornada
de trabalho.
Os fabricantes de autopeças ofereceram reajuste salarial de 3,8%, mas o percentual foi rejeitado pela categoria. No grupo 9 (reúne empresas de máquinas, eletroeletrônicos e outros), a proposta de reposição da inflação também foi recusada.
(CR)
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