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Investidor privado pede transparência à Eletrobrás em novos empreendimentos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os investidores privados em
geração de energia elétrica avaliam com cautela o possível aumento da participação da estatal Eletrobrás no setor. No entendimento da Apine (Associação Brasileira de Produtores
Independentes de Energia Elétrica), é preciso primeiro que a
estatal pulverize o seu capital,
para que tenha uma gestão
mais próxima da das empresas
privadas e só entre em projetos
que remunerem adequadamente o capital da empresa.
"Nós defendemos a coexistência entre estatais e empresas privadas, mas a Eletrobrás
deveria ter seu capital pulverizado para ter governança corporativa. Dessa forma, só iria
entrar em projetos com taxa de
retorno adequada", avaliou
Luiz Fernando Vianna, presidente do conselho de administração da entidade.
As empresas associadas à
Apine têm capacidade de gerar
aproximadamente 42.000 MW
(megawatts), o que equivale a
cerca de 43% da capacidade
instalada no país.
O temor dos investidores privados é que, sem uma política
de governança corporativa, a
estatal entre em projetos de
rentabilidade duvidosa ou manipule os preços d energia para
baixo, criando um cenário difícil para o investimento privado.
Segundo Viana, nos últimos
25 anos, as empresas ligadas à
Apine investiram cerca de R$
25 bilhões (valor que inclui os
gastos com as privatizações).
Elas planejam investir aproximadamente R$ 10 bilhões (em
novos projetos de geração).
O governo vem discutindo
entraves a projetos de infra-estrutura. O objetivo das reuniões tem sido destravar projetos importantes nas áreas de
geração de energia e transportes. Na parte de energia, a principal idéia do governo até agora
é retirar os investimentos da
Eletrobrás do cálculo do ajuste
fiscal. Pelas contas do governo,
se isso ocorresse, poderia investir R$ 23 bilhões.
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