São Paulo, sábado, 25 de novembro de 2006

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Investidor privado pede transparência à Eletrobrás em novos empreendimentos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os investidores privados em geração de energia elétrica avaliam com cautela o possível aumento da participação da estatal Eletrobrás no setor. No entendimento da Apine (Associação Brasileira de Produtores Independentes de Energia Elétrica), é preciso primeiro que a estatal pulverize o seu capital, para que tenha uma gestão mais próxima da das empresas privadas e só entre em projetos que remunerem adequadamente o capital da empresa.
"Nós defendemos a coexistência entre estatais e empresas privadas, mas a Eletrobrás deveria ter seu capital pulverizado para ter governança corporativa. Dessa forma, só iria entrar em projetos com taxa de retorno adequada", avaliou Luiz Fernando Vianna, presidente do conselho de administração da entidade.
As empresas associadas à Apine têm capacidade de gerar aproximadamente 42.000 MW (megawatts), o que equivale a cerca de 43% da capacidade instalada no país.
O temor dos investidores privados é que, sem uma política de governança corporativa, a estatal entre em projetos de rentabilidade duvidosa ou manipule os preços d energia para baixo, criando um cenário difícil para o investimento privado.
Segundo Viana, nos últimos 25 anos, as empresas ligadas à Apine investiram cerca de R$ 25 bilhões (valor que inclui os gastos com as privatizações). Elas planejam investir aproximadamente R$ 10 bilhões (em novos projetos de geração).
O governo vem discutindo entraves a projetos de infra-estrutura. O objetivo das reuniões tem sido destravar projetos importantes nas áreas de geração de energia e transportes. Na parte de energia, a principal idéia do governo até agora é retirar os investimentos da Eletrobrás do cálculo do ajuste fiscal. Pelas contas do governo, se isso ocorresse, poderia investir R$ 23 bilhões.


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