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Star One vence licitação para lançar satélite brasileiro
PATRÍCIA ZIMMERMANN
DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA
Com um lance de R$ 6,1 milhões, a Star One deixou para
trás a concorrência da Loral
SkyNet (americana) e da Hispamar (da espanhola Hispasat,
com participação da Telemar) e
arrematou hoje licença para
lançar novo satélite brasileiro.
A empresa, do grupo Embratel/Telmex, venceu licitação
para a primeira das três posições orbitais ofertadas pela
Anatel (Agência Nacional de
Telecomunicações), com prazo
de exploração de 15 anos, prorrogáveis uma vez.
O lance da Star One correspondeu a ágio de cerca de 288%
em relação ao preço mínimo
definido no edital, que era de
R$ 1,57 milhão, e muito acima
das ofertas das outras duas concorrentes, Loral (R$ 1.756.938)
e Hispamar (R$ 1.727.000).
A Loral, que poderia entrar
em fase de repique no leilão
com a Star One, preferiu não
dar novo lance. As propostas
para as outras duas posições orbitais serão abertas só após a
homologação do resultado da
primeira etapa e a assinatura
do contrato, prevista para o
próximo ano, segundo a presidente da comissão de licitação,
Sueli Matos de Araújo.
O direito de uso da posição
orbital adquirida pela Star One
é importante para a empresa,
que poderá deslocar para a nova posição satélite em fase final
de uso, que será substituído por
um novo no ano que vem. A licitação permite que cada empresa compre dois novos direitos
de exploração. Os satélites terão que entrar em operação em
até quatro anos após a assinatura dos contratos.
Além da aquisição de hoje, a
Star One possui mais cinco posições orbitais. A Loral e a Hispamar possuem uma posição e
um satélite cada uma. As empresas prestam serviços como
transporte de dados para operadoras de telecomunicações,
TVs regionais, ensino a distância, serviços corporativos, mas
a maior aposta é o acesso à internet em banda larga.
A vencedora de cada nova posição pode pagar a vista ou dar
10% de entrada e parcelar o restante em seis parcelas anuais,
corrigidas pelo IGP-DI mais 1%
de juros para pagamentos após
os 12 primeiros meses, com três
anos de carência.
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