São Paulo, quarta-feira, 25 de novembro de 2009

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Bolsa se isola em dia fraco e fecha com alta de 0,76%

PIB dos EUA decepciona e derruba ações no exterior

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A Bovespa acabou por se destacar ontem. Enquanto o vermelho predominou no resultado das Bolsas pelo mundo, a Bovespa terminou o pregão com ganhos de 0,76%. O dólar encerrou o dia vendido a R$ 1,736 -alta de 0,46%.
O resultado da segunda prévia do PIB dos EUA no terceiro trimestre ficou abaixo das projeções. E tudo o que o mercado não deseja nesta altura é crescimento menos intenso que o esperado. O PIB americano se expandiu em 2,8% no trimestre, enquanto analistas contavam com aumento de pelo menos 3%. Em Wall Street, houve queda de 0,16% no índice Dow Jones. A Bolsa eletrônica Nasdaq recuou 0,31%.
Um outro dado econômico que esfriou os ânimos dos investidores foi o aumento mais fraco que o esperado nos preços das casas nos EUA. O resultado indica menor apetite no setor imobiliário, fundamental para a recuperação do país.
Os números da economia norte-americana refletiram no mercado europeu, como demonstra o fechamento das Bolsas: baixa de 0,59% em Londres e de 0,55% em Frankfurt.
Para completar o quadro, o Fed (o banco central dos EUA) apresentou a ata de sua última reunião de política monetária, na qual previu um lento reaquecimento econômico com alto índice de desemprego no país por algum tempo. A taxa de desemprego atingiu os 10,2% nos EUA em outubro, o maior índice em 26 anos.
Em sintonia com o cenário internacional pouco animador, a Bovespa operou no vermelho durante boa parte do dia -marcou depreciação de 1,26% na mínima do pregão, quando bateu em 65.969 pontos. Com a melhora de suas principais ações, o índice Ibovespa encerrou a 67.317 pontos, próximo de sua máxima de 2009, que foram os 67.405 pontos do dia 17.
O resultado de ontem representa valorização de 9,38% para a Bolsa no mês. No ano, os ganhos alcançam 79,27%.
A compra de ações por estrangeiros perdeu força nos últimos pregões, segundo operadores, principalmente devido à piora do mercado global. Todavia, o balanço do mês ainda é positivo. Os estrangeiros mais compraram que venderam ações em um montante de R$ 532,7 milhões até o dia 19.
Mesmo sem nenhum grande destaque, a maioria das ações mais negociadas da Bolsa de Valores de São Paulo encerrou o pregão com elevação.
A depreciação do barril de petróleo não evitou que as ações da Petrobras registrassem alta ontem. Com a economia dos EUA decepcionando, o petróleo encerrou com baixa de 1,99% em Nova York, cotado a US$ 76,02.
O papel preferencial da Petrobras, o mais negociado do dia, fechou com valorização de 0,77%. Entre as ações de maior liquidez da Bolsa, altas ocorreram em Vale PNA, que subiu 0,53%, BM&FBovespa ON, com 1,10% de ganhos, Bradesco PN (0,97%) e Itaú Unibanco PN (0,52%).


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