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Bolsa se isola em dia fraco e fecha com alta de 0,76%
PIB dos EUA decepciona
e derruba ações no exterior
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bovespa acabou por se destacar ontem. Enquanto o vermelho predominou no resultado das Bolsas pelo mundo, a
Bovespa terminou o pregão
com ganhos de 0,76%. O dólar
encerrou o dia vendido a R$
1,736 -alta de 0,46%.
O resultado da segunda prévia do PIB dos EUA no terceiro
trimestre ficou abaixo das projeções. E tudo o que o mercado
não deseja nesta altura é crescimento menos intenso que o esperado. O PIB americano se expandiu em 2,8% no trimestre,
enquanto analistas contavam
com aumento de pelo menos
3%. Em Wall Street, houve queda de 0,16% no índice Dow Jones. A Bolsa eletrônica Nasdaq
recuou 0,31%.
Um outro dado econômico
que esfriou os ânimos dos investidores foi o aumento mais
fraco que o esperado nos preços das casas nos EUA. O resultado indica menor apetite no
setor imobiliário, fundamental
para a recuperação do país.
Os números da economia
norte-americana refletiram no
mercado europeu, como demonstra o fechamento das Bolsas: baixa de 0,59% em Londres
e de 0,55% em Frankfurt.
Para completar o quadro, o
Fed (o banco central dos EUA)
apresentou a ata de sua última
reunião de política monetária,
na qual previu um lento reaquecimento econômico com alto índice de desemprego no
país por algum tempo. A taxa de
desemprego atingiu os 10,2%
nos EUA em outubro, o maior
índice em 26 anos.
Em sintonia com o cenário
internacional pouco animador,
a Bovespa operou no vermelho
durante boa parte do dia -marcou depreciação de 1,26% na
mínima do pregão, quando bateu em 65.969 pontos. Com a
melhora de suas principais
ações, o índice Ibovespa encerrou a 67.317 pontos, próximo
de sua máxima de 2009, que foram os 67.405 pontos do dia 17.
O resultado de ontem representa valorização de 9,38% para a Bolsa no mês. No ano, os
ganhos alcançam 79,27%.
A compra de ações por estrangeiros perdeu força nos últimos pregões, segundo operadores, principalmente devido à
piora do mercado global. Todavia, o balanço do mês ainda é
positivo. Os estrangeiros mais
compraram que venderam
ações em um montante de R$
532,7 milhões até o dia 19.
Mesmo sem nenhum grande
destaque, a maioria das ações
mais negociadas da Bolsa de
Valores de São Paulo encerrou
o pregão com elevação.
A depreciação do barril de
petróleo não evitou que as
ações da Petrobras registrassem alta ontem. Com a economia dos EUA decepcionando, o
petróleo encerrou com baixa de
1,99% em Nova York, cotado a
US$ 76,02.
O papel preferencial da Petrobras, o mais negociado do
dia, fechou com valorização de
0,77%. Entre as ações de maior
liquidez da Bolsa, altas ocorreram em Vale PNA, que subiu
0,53%, BM&FBovespa ON,
com 1,10% de ganhos, Bradesco
PN (0,97%) e Itaú Unibanco
PN (0,52%).
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