São Paulo, quarta-feira, 25 de novembro de 2009

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OPERAÇÃO SOCORRO

Novo diretor do BC defende ação do BB na crise

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Banco do Brasil não foi o único a socorrer os bancos em dificuldade durante a crise iniciada no final do ano passado.
Segundo declarou ontem Aldo Mendes, diretor aprovado para assumir a área de Política Monetária do Banco Central, durante sabatina no Senado, a ajuda foi dada também pelos bancos privados.
"Os bancos, faço questão de enfatizar aqui o plural, os bancos comerciais de grande porte que detinham liquidez puderam ajustar as posições dos menores, fazendo operações de compra de títulos e de carteiras [de crédito]."
Como vice-presidente de Finanças do BB no auge da crise -que provocou a quebra de bancos em vários países-, Mendes atuou diretamente no salvamento. "Foi uma solução de mercado que não foi bancada por um único banco. Foi encaminhada por vários bancos privados e públicos."
Segundo reportagem publicada ontem pelo jornal "Valor Econômico", os bancos mais beneficiados com o socorro do BB, que é controlado pelo governo, foram o Votorantim, que em seguida vendeu 49% para a instituição estatal, o Safra e o Alfa. Além disso, o BB teria socorrido a Sadia com um empréstimo de R$ 900 milhões.
Por ter participado dessas operações, Mendes foi questionado ontem pelos senadores. Ao responder, no entanto, tentou minimizar a atuação do BB. "No primeiro momento, a primeira linha de combate numa crise de liquidez é o próprio mercado", disse. "O BC é emprestador de última instância."


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