São Paulo, quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

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Para estimular economia, Japão propõe gasto recorde para 2009

Governo aprovou Orçamento de US$ 990 bi; projeto será submetido ao Parlamento

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O governo do Japão propôs uma peça orçamentária que prevê a elevação dos gastos públicos para o nível recorde de US$ 990 bilhões no próximo ano fiscal. Se ratificado pelo Parlamento, o projeto eleva em 6,6% as despesas do governo para dar fôlego à economia.
Segunda maior economia do mundo, o Japão já entrou em recessão e vê sinais de piora no futuro.
"A economia global vai afundar no próximo ano", disse o primeiro-ministro japonês, Taro Aso. "E o ritmo da desaceleração será o maior em 60 anos", afirmou.
A proposta de aumento nos gastos públicos ocorre em um momento em que o governo projeta queda de 13,9% na arrecadação no ano fiscal que se inicia em abril.
Como resultado, deverá haver um salto no déficit público japonês, que atualmente gira em torno de 170% do PIB (Produto Interno Bruto) -o maior nível entre as economias industrializadas.
"Nas condições atuais, para administrar a política econômica, não podemos nos esquecer de que nossa posição fiscal é muito delicada", disse Yuji Sekiguchi, vice-diretor da área de pesquisa orçamentária do Ministério das Finanças.
A proposta de Orçamento será submetida à apreciação do Parlamento na segunda quinzena de janeiro.
O aumento nos gastos ameaça os esforços do Japão para reequilibar suas finanças até 2011. No entanto, Aso, que vê sua popularidade em declínio, já deixou claro que a economia será sua prioridade.
Com a deterioração do ambiente econômico no Japão, o primeiro-ministro anunciou um pacote de estímulo da ordem de US$ 830 bilhões a ser implementado neste ano fiscal e no próximo. Entre as medidas divulgadas está a expansão do crédito para pequenas empresas e restituições fiscais a cada família japonesa.
De acordo com o Ministério das Finanças, apesar do aumento nos gastos, o comprometimento do governo com as metas fiscais no médio prazo continua inalterado.


Com agências internacionais


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