São Paulo, quinta-feira, 26 de janeiro de 2006 |
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QUANTO MAIS QUENTE, MELHOR Vinte dias de calor intenso movimentam economia da praia carioca, do mate ao protetor solar "Indústria do calor" comemora sol no Rio
ANTÔNIO GOIS DA SUCURSAL DO RIO "Tá show de bola. O pessoal tá comprando direto. 100% mesmo." Traduzindo do carioquês para o economês, o que o vendedor de mate na praia Vitor do Patrocínio, 19, está dizendo é que a demanda provocada por mais de 20 dias de sol à pino no Rio está aquecendo a cadeia produtiva que depende do verão para aumentar suas vendas. Neste ano, não há mesmo do que se queixar. Ontem, a máxima registrada pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) no Rio chegou a 40,3C, recorde do ano. E, para Vitor e para milhares de ambulantes que trabalham na praia, quanto mais quente, melhor. Ele não é o único a sorrir à toa. O gestor de marketing da Matte Leão, Roger Rieger, também comemora o verão intenso. Ele conta que as vendas da empresa já estão 15% maiores neste verão do que no passado. Outro hit das praias cariocas, o biscoito de polvilho Globo também tem movimentado a economia local. "Meu patrão diz que o gerente de vendas fez pacto com São Pedro. Quanto mais sol, melhor. No verão passado choveu muito, mas neste estamos trabalhando com 110% da capacidade", diz Francisco José, gerente de vendas da Mandarino, que há 50 anos produz o biscoito. Se os cariocas e turistas torram na praia há dias seguidos, é natural também que as drogarias e fabricantes de filtros solares aproveitem o momento para vender mais. Na rede de drogarias Venancio, o diretor Rodrigo Ahmed fez os cálculos e percebeu que as vendas do grupo de protetores solar, bronzeadores, loções pós sol e protetores labiais tiveram aumento de 84% nos primeiros 15 dias deste ano em comparação com os 15 primeiros dias do ano passado. A indústria de sorvetes é outra que agradece o calor. Em pequenos pontos de venda de São Paulo e do litoral paulista, segundo mostrou o jornal "Valor" de terça-feira, chegou a haver desabastecimento do produto por causa do aumento intenso e inesperado da procura. Texto Anterior: Verão: Venda de verão cresce e loja teme gargalo Próximo Texto: Viagens: Turismo vai crescer até 5% em 2006 Índice |
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