da Reportagem Local

Os títulos da dívida externa brasileira registraram nova queda. O motivo apontado foi a permanência da pressão sobre o câmbio brasileiro.
O dólar fechou a R$ 1,80, ontem, o que impressionou mal os investidores.
O C-bond, principal título da dívida externa renegociada do país, fechou cotado a 50,25% do seu valor de face. Na sexta-feira o papel fechou a 52,13%.
Durante o dia, no entanto, o C-bond chegou a apresentar queda mais forte, batendo em 49% do valor de face.
Os títulos são negociados com deságio sobre seu valor de emissão. Quanto maior o desconto dado pelos investidores, maior a percepção de risco em relação ao país e maior o receio de moratória.
Juros
O mercado de juros praticamente não teve negócios, com o mercado futuro fechado em função do feriado em São Paulo. O mercado futuro de câmbio também não funcionou, o que contribuiu para que o volume no mercado à vista fosse mais baixo.
Na parte da manhã, o Banco Central tomou dinheiro dos bancos, fixando a taxa over (operações de um dia) em 32,5% ao ano, a mesma dos últimos dias.
Assim como a BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros), a Bolsa de Valores de São Paulo não operou. Ambas voltam ao normal hoje.
Bolsa de Valores
No Rio, a Bolsa fechou com baixa de 1,31% e volume de R$ 4,1 milhões. Assim como os títulos da dívida, a Bolsa foi derrubada pelo pessimismo diante da pressão sobre o câmbio.
Wall Street
Depois de três pregões consecutivos de queda, a Bolsa de Nova York fechou em alta de 0,91%, ontem.
A valorização foi puxada pelas ações do setor de informática, que subiram após o anúncio da decisão da Microsoft de cindir suas ações.
Além disso, o lucro da American Express superou as expectativas dos analistas, ajudando a impulsionar Wall Street.
A empresa divulgou um lucro de US$ 1,16 por ação no quarto trimestre de 98. No mesmo período de 97 o lucro por ação foi de US$ 1,04. (VANESSA ADACHI)



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