São Paulo, terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

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Mercado Aberto

guilherme.barros@uol.com.br

Eletrobrás avança no setor de transmissão de energia no Sul

Antes mesmo de receber o sinal verde do Senado, a Eletrosul, uma subsidiária da Eletrobrás, anunciou ontem que irá comprar o controle de duas concessionárias.
A estatal informou que vai exercer o direito de preferência para a compra de 51% do capital de duas concessionárias de transmissão de energia do Sul, a SC Energia e a RS Energia. As duas participações pertencem à Schahin Engenharia e à Engevix Engenharia.
O anúncio da decisão da Eletrosul pegou de surpresa o mercado, que não contava com o aumento da participação da estatal no setor elétrico. O receio é que esse movimento seja um sinal de reestatização.
O governo já deu alguns passos nesse sentido. Há pouco tempo, enviou medida provisória ao Congresso que autoriza a Eletrobrás e suas subsidiárias a participar de consórcio para a compra direta ou indiretamente de empresas de produção ou transmissão de energia elétrica, coisa que era vetada desde o governo FHC.
Até a adoção dessa MP, a Eletrobrás e as subsidiárias eram proibidas, por meio de um decreto da época do governo FHC, de se tornarem majoritárias em qualquer empresa de geração ou transmissão de energia elétrica.
O decreto tinha como objetivo incentivar a privatização na área. As empresas privadas não se sentiriam seguras em investir no setor se sofressem a concorrência estatal.
A MP já foi aprovada na Câmara dos Deputados, mas ainda precisa passar pelo Senado, o que deve ocorrer nos próximos dias. Mesmo assim, a Eletrosul anunciou a decisão de ontem sem a MP ter sido ainda aprovada no Senado.
A decisão de ontem da Eletrosul aborta uma negociação que já estava acertada entre empresas privadas. As duas concessionárias de transmissão de energia do Sul já estavam praticamente vendidas para Neoenergia, holding do grupo Neoenergia. Em dezembro, a empresa chegou a divulgar a informação para o mercado.

POLIDEZ INTERNACIONAL

A Direito GV venceu a Competição sobre Mediação Comercial Internacional, promovida pela Câmara de Comércio Internacional, neste mês, em Paris. A brasileira derrotou, na final, a University of California Hastings College of the Law. Competiram escolas como Harvard Law School e London School of Economics. A equipe estudou o tema econômico, além do jurídico, segundo a coordenadora Michelle Ratton. A polidez foi outro item que contribuiu para a vitória. "Trabalhamos comunicação." O foco é "criar um advogado mais negociador, menos litigioso".

FIAÇÃO

O preço do cobre voltou a subir em 2008 e atingiu a maior alta em quatro meses, cotado acima de US$ 8.200 a tonelada. Associados do Sindicel (da indústria de fios e cabos) se reunirão para discutir as altas. Para Sérgio Aredes, presidente do Sindicel, a oscilação é normal e sua previsão para 2008 é que fique em US$ 7.500 a tonelada na média mensal. A elevação nesta época tem acontecido nos últimos dois anos. "Nada indica ainda que a tendência de alta deve perdurar", diz. "Não tem nada a ver com crise dos EUA ou refreamento do desenvolvimento chinês."

"ECONOMIST"
Os editores da "Economist" John Micklethwait e Michael Reid visitam Brasília em março para discutir a economia brasileira. Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Guido Mantega participam do evento.

PENTEADEIRA
Dior e Lancôme lideraram as vendas de cosméticos importados em 2007, segundo o Instituto Segmenta, com 15,1% e 14,7% de participação. Carolina Herrera, Ralph Lauren e Giorgio Armani vêm em seguida.

MOÇAMBIQUE
A Oi faz hoje um convênio com a TV Soico, de Moçambique, para ampliar o projeto Tonomundo, que ensina professores a usar a internet na escola. O presidente da TV, Daniel David, está no Brasil para firmar o acordo.

LÁCTEO
A Parmalat fechou contrato de exclusividade com o maior distribuidor de lácteos do Brasil, que tem foco principal no Rio de Janeiro, a Ascal. No ano passado, a nova parceira da Parmalat faturou R$ 450 milhões.

TEMPERO
Ricardo Natale, sócio da Experience Media, que realiza hoje o Gourmet Experience, evento de relacionamento sobre culinária mexicana para líderes de empresas; cerca de 60 nomes, como Ernesto Silva, da Femsa, Cleber Morais, da Avaya, e Fernando Terni, da Schincariol, estarão presentes; o chef é Arturo Herrera

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