Grupo diz que aquisições vão continuar neste ano

CRISTIANE BARBIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

A receita líquida da Ultrapar quadruplicou entre 2006 e 2007, indo de R$ 5 bilhões para R$ 20 bilhões. O principal motivo foi a aquisição da Ipiranga. Somada a outras três empresas no exterior, elas custaram R$ 1,9 bilhão. Mesmo com tamanho crescimento, o grupo promete mais para os próximos meses. "O ano de 2008 provavelmente será de aquisições", afirma Pedro Wongtschowski, presidente do grupo Ultra.
Além do interesse declarado nas operações à venda da Esso no Brasil, o Ultra tem interesse em redes de postos de combustíveis regionais e também em outras redes nacionais. "O mercado de distribuição de combustíveis tem tido forte crescimento por conta do aumento da frota, da formalização do mercado e tende à consolidação", diz Wongtschowski.
"Queremos ser agentes dessa consolidação e também voltar a ser uma rede nacional, já que hoje estamos restritos às regiões Sul e Sudeste." Ele espera que o negócio com a Esso seja fechado ainda neste semestre.
O grupo pretende ainda fazer aquisições na área de logística, na qual atua com a Ultracargo. Segundo Wongtschowski, o crescimento dos setores de biocombustíveis e agrícola exigirá maior estrutura logística e a empresa quer aumentar sua oferta na área, inclusive com aquisições. O Ultra está de olho ainda em oportunidades no exterior, no segmento da petroquímica Oxiteno.
Sem contar as compras de outras companhias, o grupo separou R$ 839 milhões para investimentos neste ano, contra R$ 773 milhões do ano passado.
Na Ipiranga, segunda maior distribuidora do país, serão investidos R$ 171 milhões, principalmente na rede. A intenção é converter postos com bandeira branca, que hoje respondem por quase 40% do mercado, à marca. Segundo a empresa, foram conquistados 200 postos de bandeira branca em 2007.


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