São Paulo, quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@grupofolha.com.br

EM PAZ
Governo argentino e produtores rurais retomaram as conversações sobre o setor agropecuário na Argentina. O Ministério da Economia apresentou medidas de apoio a trigo, algodão, setores de leite e de carnes e redução de percentuais de retenção.

DA ARGENTINA
Enquanto o mercado espera as primeiras estimativas de plantio nos EUA, as notícias mais concretas vêm da Argentina. Dados da Secretaria de Agricultura e da Bolsa de Cereais indicam números de safra inferiores aos previstos.

REDUÇÃO
O mais recente boletim de acompanhamento de safra da Secretaria de Agricultura, o correspondente ao Ministério da Agricultura no Brasil, indica que a produção de milho poderá recuar para até 12,5 milhões de toneladas. No máximo, fica em 13,8 milhões.

FORTE QUEDA
Se confirmados esses dados oficiais do governo argentino, a produção de milho do país vizinho, que superou os 20 milhões de toneladas na safra anterior, cai 39%. Com produção tão pequena, a Argentina terá participação menor no mercado externo, o que pode refletir nos preços internacionais.

AINDA PIOR
A produção de trigo recua ainda mais do que a de milho no país vizinho. O mais recente relatório do governo indica 8,3 milhões de toneladas, apenas metade do que foi produzido em 2007/8. A queda já faz o Brasil procurar outras fontes de fornecimento, já que os argentinos são os principais fornecedores de trigo ao país.

CENÁRIO RUIM
A safra argentina de soja pode não superar os 40 milhões de toneladas. Mesmo com as recentes chuvas, algumas áreas voltaram a ficar secas na última semana. O clima continua sendo a palavra-chave para a produção da oleaginosa.

EXPANSÃO MENOR
Preços menores e falta de crédito devem diminuir a produção mundial de grãos, elevando os preços. O Brasil pode não se beneficiar desse panorama a curto prazo, devido à quebra interna de safra. A análise é da consultoria Tendências.

BOM A LONGO PRAZO
O cenário agropecuário brasileiro no longo prazo, no entanto, é favorável, devido ao ganho de produtividade em relação a outras regiões produtivas, segundo a Tendências.

EFEITO SECA
A quebra na safra de soja na América do Sul está impulsionando os preços do óleo de soja em Chicago. Tradicional exportadora mundial do produto, a Argentina deverá diminuir a oferta de óleo no mercado mundial neste ano.


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