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Planalto não pode ser responsabilizado por cancelamento de leilão, diz ministro
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
De acordo com o ministro de
Minas e Energia, Edison Lobão, o governo federal não pode
ser culpado pelo fracasso da
privatização da Cesp. "Nós estimulamos [a venda], na medida
em que o governo federal prorrogou a concessão da usina de
Porto Primavera por mais 20
anos e sinalizou positivamente
em relação à usina de Três Irmãos, que vai vencer em 2011",
disse. "O governo federal não é
obrigado a prorrogar uma concessão, e todavia concedeu."
"Uma alteração dessa natureza [nova prorrogação dos
contratos das usinas de Jupiá e
Ilha Solteira] depende de uma
longa tramitação no Congresso
Nacional e não haveria nem
tempo para este problema de
São Paulo", afirmou o ministro.
No último dia 14, Lobão havia
dito que o governo federal estava procurando uma "brecha"
na legislação para permitir a renovação do contrato das usinas
de Jupiá e Ilha Solteira. Ontem,
o ministro esclareceu que essa
"brecha" não foi encontrada.
O secretário-executivo do
ministério, Márcio Zimmermann, afirmou que o preço mínimo pedido pelo governo de
São Paulo pela Cesp já contemplava o fim do contrato de Jupiá e Ilha Solteira em 2015. "O
edital deles [governo de São
Paulo] não considerava isso
[nova prorrogação]", afirmou.
Ainda de acordo com Zimmermann, não houve sequer pedido para que o assunto fosse tratado. "O governo do Estado de
São Paulo não pediu para que
se estudasse a renovação."
Ainda de acordo com o secretário-executivo, não é possível
simplesmente renovar o contrato de uma usina que já está
amortizada. "Não é uma casa
que se constrói e que vai passar
de geração para geração", disse.
Já o presidente da Eletrobrás, José Antônio Muniz Lopes, disse não ter ficado surpreso com o resultado. "Já esperava esse fracasso. Partiram da
premissa que as concessões seriam renovadas."
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