São Paulo, segunda-feira, 26 de abril de 2004

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Para Lessa, Cade e Anatel devem impedir conluio

SANDRA BALBI
DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Carlos Lessa, disse ontem que, como acionista minoritário da Embratel, interessa ao banco que a empresa seja vendida pelo maior preço.
Segundo Lessa, "cabe ao Cade e à Anatel examinar o processo de venda e impedir que haja conluio. Não é papel do BNDES. Do ponto de vista do banco interessa receber mais pela participação que detém na empresa".
Questionado se o consórcio Calais Participações, que reúne a Telefônica, a Telemar e a Brasil Telecom para disputar a Embratel, configura conluio, o presidente do BNDES declarou: "Conluio se dá quando produtores estabelecem regras próprias de competição de mercado, preços mínimos e, o que é muito comum, preços em linha".
Segundo o documento intitulado "Projeto Carnaval", que estabelece a estratégia das três teles para adquirir o controle da Embratel, um dos objetivos era "alinhar tarifas pelo teto".
Lessa disse desconhecer o documento que mostra a articulação das três teles, divulgado ontem pela Folha. Mas, segundo ele, "em economias onde predominam grandes empresas, o conluio é sempre possível".


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