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Para Lessa, Cade
e Anatel devem
impedir conluio
SANDRA BALBI
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente do BNDES
(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social), Carlos Lessa, disse
ontem que, como acionista
minoritário da Embratel, interessa ao banco que a empresa seja vendida pelo
maior preço.
Segundo Lessa, "cabe ao
Cade e à Anatel examinar o
processo de venda e impedir
que haja conluio. Não é papel do BNDES. Do ponto de
vista do banco interessa receber mais pela participação
que detém na empresa".
Questionado se o consórcio Calais Participações, que
reúne a Telefônica, a Telemar e a Brasil Telecom para
disputar a Embratel, configura conluio, o presidente
do BNDES declarou: "Conluio se dá quando produtores estabelecem regras próprias de competição de mercado, preços mínimos e, o
que é muito comum, preços
em linha".
Segundo o documento intitulado "Projeto Carnaval",
que estabelece a estratégia
das três teles para adquirir o
controle da Embratel, um
dos objetivos era "alinhar tarifas pelo teto".
Lessa disse desconhecer o
documento que mostra a articulação das três teles, divulgado ontem pela Folha.
Mas, segundo ele, "em economias onde predominam
grandes empresas, o conluio
é sempre possível".
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