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TELEFONIA
Citi, fundos e Telecom Italia avançam em acordo sobre BrT
JANAÍNA LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL
As conversas entre o Citigroup e os fundos de pensão
com a Telecom Italia, para
comprar a fatia dos italianos
na BrT (Brasil Telecom),
avançaram. Interlocutores
europeus próximos aos diálogos afirmaram à Folha ser
"questão de semanas, ou
mesmo de dias", a concretização do negócio.
Telecom Italia, Citigroup,
fundos de pensão e Opportunity são os controladores da
BrT, operadora de telefonia
fixa das regiões Norte, Sul e
Centro-Oeste e alvo da
maior disputa societária
ocorrida no país.
Do lado italiano, as conversas estão sendo tocadas
pelo vice-presidente da Telecom Italia, Carlo Buora. Mas
é a brasileira Angra Partners,
gestora dos recursos dos
fundos de pensão, a responsável por afrouxar, por meio
de uma atuação intensa nos
bastidores, os nós que podem dificultar a transação.
O primeiro deles diz respeito à participação do Opportunity, com quem Citi e
fundos travam "briga" jurídica de proporções gigantescas, em Nova York e Brasília.
Segundo a Folha apurou,
tem havido sondagens de
pessoas ligadas à Angra Partners em relação às ações do
Opportunity. Isso, porém,
aconteceu antes de as negociações com os italianos evoluírem. Não há certeza sobre
se o interesse permaneceria
de pé caso Citi e fundos possam comprar a fatia da Telecom Italia na BrT.
Mas qual o objetivo da
compra se, até o ano passado, Citi e fundos insistiam
em passar um discurso de
venda das próprias participações na BrT? A resposta
pode estar na maior operadora brasileira, a Telemar,
na qual ambos os sócios também têm boa parte das
ações.
Em Paris, conforme a Folha apurou, o Citigroup admitiu ter entrado em acordo
com os fundos de pensão no
começo de 2005 por perceber que havia um plano das
entidades de previdência,
apoiado pelo governo, para
fundir a BrT e a Telemar. No
meio desse rolo estão os demais sócios da Telemar.
Preocupados com as condições dessa suposta união
-que só acontecerá se o governo mudar a lei atual-,
eles estão conversando com
investidores estrangeiros. O
objetivo é elevar o preço para
aceitar uma fusão seguida de
pulverização.
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