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Teles não acreditam em compartilhamento de redes como contrapartida para fusão
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Abrafix (Associação Brasileira das Concessionárias de
Telefonia Fixa Comutada), que
reúne as principais teles do
país, não acredita que o compartilhamento de redes possa
ser uma contrapartida à fusão
de empresas, como sugeriu o
Ministério das Comunicações.
De acordo com a avaliação da
associação, caso empresas menores queiram entrar no mercado usando a rede já instalada
das grandes operadoras, terão
que ter subsídio. "Se forem pagar o valor correto para remunerar os investimentos que já
foram feitos, vai ser difícil novas empresas entrarem", afirmou José Fernandes Pauletti,
presidente da entidade.
Para ele, a universalização do
acesso à internet em banda larga é um bom objetivo, mas também vai precisar de subsídio do
governo, porque não pode ser
imposto como obrigação contratual às empresas. "Os mercados rentáveis já estão atendidos. Se o governo quiser massificar, vai ter que dar incentivo."
No texto colocado em consulta pública para atualizar as
políticas públicas, o ministério
afirma que devem ser estabelecidos "claros limites ou contrapartidas aos processos de fusões e aquisições entre as atuais
prestadoras". Apesar de não especificar quais, o ministério dá
a entender que um dos caminhos poderia ser o compartilhamento de redes para favorecer o surgimento de prestadoras de pequeno e médio porte.
"Compartilhamento é uma
coisa diferente, que independe
de fusões e aquisições. Compartilhamento já existe, é só
uma questão de preço." Além
da consulta, o ministério publicou na quinta portaria orientando a Anatel na regulamentação do setor. Um dos itens é
"estabelecer modelo de competição que favoreça o compartilhamento de redes, entre diferentes serviços e prestadoras".
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