São Paulo, sábado, 26 de abril de 2008

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Bolsa encerra semana com valorização de 0,41%

Bovespa volta aos 65 mil pontos; dólar cai a R$ 1,667

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Após muito sobe-e-desce, a Bolsa de Valores de São Paulo chegou ao fim da semana com valorização acumulada de 0,41%. Aos 65.187 pontos, a Bovespa reacendeu a expectativa em torno da possibilidade de bater seu recorde de pontuação (65.790 pontos) nos próximos pregões. Ontem, a alta do índice Ibovespa, o principal da Bolsa, foi de 0,95%.
No mercado internacional, as Bolsas também tiveram, de um modo geral, desempenhos favoráveis ontem. O índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, subiu 0,33% ontem. A Bolsa de Londres teve alta de 0,67% no último pregão da semana. Em Frankfurt, os ganhos foram de 1,1%. Em Tóquio, o índice Nikkei subiu 2,38%.
Entre os destaques corporativos, ficou a American Express, que apresentou resultado melhor que o projetado pelos analistas. As ações da instituição financeira subiram 5,73%, após seu lucro trimestral ficar em US$ 991 milhões.
Já a queda no lucro da Microsoft decepcionou e levou suas ações a terminarem com queda de 6,19% o pregão de ontem.
A baixa da Microsoft afetou o resultado da Nasdaq -Bolsa eletrônica dos papéis de companhias tecnológicas-, que fechou com queda de 0,25%.
No Brasil, o mercado ficou atento à divulgação do IPCA-15. O dado, uma prévia do IPCA -índice de preço utilizado pelo BC para monitorar a meta oficial de inflação-, mostrou elevação de 0,59% neste mês, contra 0,23% registrado em março. Sinais de pressão inflacionária podem prolongar por mais tempo o processo de elevação de alta dos juros, retomado na semana passada. E juros maiores são prejudicais ao mercado acionário.
Ao avaliar o resultado do IPCA-15, Maristella Ansanelli, economista-chefe do banco Fibra, afirmou que "a combinação de um cenário de demanda aquecida com forte pressão do lado dos alimentos, no entanto, aumenta os temores ao redor do cumprimento das metas de inflação".
No mercado de câmbio, o dólar terminou a semana vendido a R$ 1,667, em baixa de 0,24%. No mês, o dólar sofre depreciação de 4,91% diante do real. A elevação da taxa Selic -que foi de 11,25% para 11,75% na semana passada- tende a aumentar a entrada de dólares no mercado brasileiro, o que fortaleceria ainda mais o real.
"O mercado acionário continua volátil e sem uma tendência definida. É importante ficar atento ao comportamento da inflação e à reação da política monetária, que irá afetar a demanda interna da economia, o crédito e, conseqüentemente, alguns setores, como consumo, construção civil e financeiro", diz Luiz Henrique Carneiro, gestor de renda variável da Paraty Investimentos.


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