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Bolsa encerra semana com valorização de 0,41%
Bovespa volta aos 65 mil pontos; dólar cai a R$ 1,667
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Após muito sobe-e-desce, a
Bolsa de Valores de São Paulo
chegou ao fim da semana com
valorização acumulada de
0,41%. Aos 65.187 pontos, a Bovespa reacendeu a expectativa
em torno da possibilidade de
bater seu recorde de pontuação
(65.790 pontos) nos próximos
pregões. Ontem, a alta do índice Ibovespa, o principal da Bolsa, foi de 0,95%.
No mercado internacional,
as Bolsas também tiveram, de
um modo geral, desempenhos
favoráveis ontem. O índice
Dow Jones, da Bolsa de Nova
York, subiu 0,33% ontem. A
Bolsa de Londres teve alta de
0,67% no último pregão da semana. Em Frankfurt, os ganhos
foram de 1,1%. Em Tóquio, o índice Nikkei subiu 2,38%.
Entre os destaques corporativos, ficou a American Express, que apresentou resultado melhor que o projetado pelos analistas. As ações da instituição financeira subiram
5,73%, após seu lucro trimestral ficar em US$ 991 milhões.
Já a queda no lucro da Microsoft decepcionou e levou suas
ações a terminarem com queda
de 6,19% o pregão de ontem.
A baixa da Microsoft afetou o
resultado da Nasdaq -Bolsa
eletrônica dos papéis de companhias tecnológicas-, que fechou com queda de 0,25%.
No Brasil, o mercado ficou
atento à divulgação do IPCA-15. O dado, uma prévia do IPCA
-índice de preço utilizado pelo
BC para monitorar a meta oficial de inflação-, mostrou elevação de 0,59% neste mês, contra 0,23% registrado em março.
Sinais de pressão inflacionária
podem prolongar por mais
tempo o processo de elevação
de alta dos juros, retomado na
semana passada. E juros maiores são prejudicais ao mercado
acionário.
Ao avaliar o resultado do IPCA-15, Maristella Ansanelli,
economista-chefe do banco Fibra, afirmou que "a combinação de um cenário de demanda
aquecida com forte pressão do
lado dos alimentos, no entanto,
aumenta os temores ao redor
do cumprimento das metas de
inflação".
No mercado de câmbio, o dólar terminou a semana vendido
a R$ 1,667, em baixa de 0,24%.
No mês, o dólar sofre depreciação de 4,91% diante do real. A
elevação da taxa Selic -que foi
de 11,25% para 11,75% na semana passada- tende a aumentar
a entrada de dólares no mercado brasileiro, o que fortaleceria
ainda mais o real.
"O mercado acionário continua volátil e sem uma tendência definida. É importante ficar
atento ao comportamento da
inflação e à reação da política
monetária, que irá afetar a demanda interna da economia, o
crédito e, conseqüentemente,
alguns setores, como consumo,
construção civil e financeiro",
diz Luiz Henrique Carneiro,
gestor de renda variável da Paraty Investimentos.
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