DO ENVIADO A WASHINGTON

Amparado pela promessa do FMI de que agirá "rápido" para montar um pacote de ajuda à Grécia, o ministro das Finanças grego, George Papaconstantinou, disse ontem que os investidores vão "perder suas camisas" se continuarem apostando contra seu país.
Em entrevista coletiva na sede do Fundo, Papaconstantinou negou que a Grécia será obrigada a dar um calote e reestruturar sua dívida. Ou que deixará de ter o euro como moeda.
O ministro disse que o pacote de ajuda que o país deve receber será "abrangente" e com duração de pelo menos três anos. A Grécia está pedindo ao FMI e à União Europeia uma linha de crédito de US$ 60,5 bilhões para financiar seu endividamento e deficit fiscal, equivalente hoje a 13,6% de seu PIB. Isso significa que o país arrecada quase 14% a menos em impostos do que gasta.
A Grécia tem pela frente, no dia 19 de maio, a obrigação de resgatar (pagar) US$ 12,8 bilhões em bônus vendidos a investidores internacionais.
Antes do anúncio de um possível pacote de ajuda, os investidores estavam pedindo juros até quatro pontos percentuais maiores do que à Alemanha. Como comparação, o juro pago pela França para se financiar é apenas 0,3 ponto maior do que o exigido dos alemães. (FCZ)


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