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Bovespa sobe e recupera parte dos prejuízos
Dólar recua mesmo com compras do Banco Central
EPAMINONDAS NETO
DA FOLHA ONLINE
A Bovespa subiu 2,15% ontem e recuperou parte das perdas registradas após dois dias
de baixa, em que os investidores procuraram embolsar os lucros acumulados após sucessivos recordes. Na semana, a Bolsa paulista ainda fechou em território negativo, com desvalorização de 0,88% e com 51.617
pontos no Ibovespa.
O pregão teve um dia esvaziado, enquanto os investidores
repercutiam a recuperação de
perdas nas Bolsas americanas.
A valorização da Bolsa chegou a
surpreender alguns profissionais, que esperavam um dia
mais tranqüilo, tendo em vista
o feriado nos EUA na segunda-feira. Sem a Bolsa de Nova
York, os negócios no Brasil ficam sem sua principal referência externa, o que costuma desacelerar os negócios.
"Nas últimas horas vimos
uma inundação de ordens de
compra. O giro de negócios está
muito curto. Todo mundo vende, mas, quando abre um preço
muito baixo, os investidores
saem comprando", disse Adolir
Rossi, diretor da corretora
Manchester.
No campo doméstico, o mercado acompanha com distância
os desdobramentos da Operação Navalha, que levou à demissão do então ministro de
Minas e Energia Silas Rondeau.
Operadores justificam a blindagem da Bolsa pelo quadro
econômico favorável.
Na semana que vem, devem
crescer as especulações sobre a
próxima reunião do Copom
(Comitê de Política Monetária). O mercado formou um relativo consenso de que o comitê, desta vez, deve reduzir os juros em 0,50 ponto percentual.
Dólar e risco
No mercado de câmbio, o dólar comercial recuou mais
0,91% e encerrou a semana
vendido a R$ 1,953. Mais uma
vez o Banco Central comprou
dólares mesmo com o recuo das
cotações. Na semana, a moeda
americana teve queda de 0,45%
e, no mês, de 4,12%. O risco país
encerrou a 140 pontos, pouco
acima dos 139 pontos do fechamento da terça.
A próxima semana promete
ser agitada, com a formação da
Ptax (taxa cambial média do
BC) do último dia do mês, que
serve para a liquidação dos contratos futuros de dólar. Nos
dias anteriores ao vencimento,
investidores do mercado futuro
entram no mercado à vista para
influenciar as cotações.
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