São Paulo, sábado, 26 de maio de 2007

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Bovespa sobe e recupera parte dos prejuízos

Dólar recua mesmo com compras do Banco Central

EPAMINONDAS NETO
DA FOLHA ONLINE

A Bovespa subiu 2,15% ontem e recuperou parte das perdas registradas após dois dias de baixa, em que os investidores procuraram embolsar os lucros acumulados após sucessivos recordes. Na semana, a Bolsa paulista ainda fechou em território negativo, com desvalorização de 0,88% e com 51.617 pontos no Ibovespa.
O pregão teve um dia esvaziado, enquanto os investidores repercutiam a recuperação de perdas nas Bolsas americanas. A valorização da Bolsa chegou a surpreender alguns profissionais, que esperavam um dia mais tranqüilo, tendo em vista o feriado nos EUA na segunda-feira. Sem a Bolsa de Nova York, os negócios no Brasil ficam sem sua principal referência externa, o que costuma desacelerar os negócios.
"Nas últimas horas vimos uma inundação de ordens de compra. O giro de negócios está muito curto. Todo mundo vende, mas, quando abre um preço muito baixo, os investidores saem comprando", disse Adolir Rossi, diretor da corretora Manchester.
No campo doméstico, o mercado acompanha com distância os desdobramentos da Operação Navalha, que levou à demissão do então ministro de Minas e Energia Silas Rondeau. Operadores justificam a blindagem da Bolsa pelo quadro econômico favorável.
Na semana que vem, devem crescer as especulações sobre a próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária). O mercado formou um relativo consenso de que o comitê, desta vez, deve reduzir os juros em 0,50 ponto percentual.

Dólar e risco
No mercado de câmbio, o dólar comercial recuou mais 0,91% e encerrou a semana vendido a R$ 1,953. Mais uma vez o Banco Central comprou dólares mesmo com o recuo das cotações. Na semana, a moeda americana teve queda de 0,45% e, no mês, de 4,12%. O risco país encerrou a 140 pontos, pouco acima dos 139 pontos do fechamento da terça.
A próxima semana promete ser agitada, com a formação da Ptax (taxa cambial média do BC) do último dia do mês, que serve para a liquidação dos contratos futuros de dólar. Nos dias anteriores ao vencimento, investidores do mercado futuro entram no mercado à vista para influenciar as cotações.


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