|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Panelaços, "corralito" e moratória formaram ápice da crise em 2001
DA REPORTAGEM LOCAL
A crise político-econômica argentina atingiu seu ápice no fim
de 2001 e se arrastou por vários
meses. Entre dezembro daquele
ano e março de 2002, diferentes
nomes ocuparam a cadeira do
presidente, o país decidiu pela
moratória de sua dívida externa,
vários pacotes econômicos foram
editados e os argentinos tiveram
de aprender a conviver com intermináveis dias de feriados bancários e cambiais.
Antes renunciar e cair no ostracismo, em dezembro de 2001, o
ex-ministro da Economia Domingo Cavallo tomou uma de
suas últimas radicais decisões: limitou os saques das contas bancárias no país -o que ficou conhecido como "corralito"- para
conter a fuga de recursos e tentar
evitar a quebradeira dos bancos.
A resposta da população argentina veio na forma dos "panelaços", protestos que tomaram as
ruas de Buenos Aires e culminaram com uma dura resposta do
governo, que veio por meio da decretação de estado de sítio. Fernando de la Rúa (1999-2001) renunciaria à Presidência dias depois.
O câmbio acabaria sendo liberado no país em fevereiro do ano
passado, marcando o fracasso do
sistema cambial fixo, que atrelou
o peso ao dólar na paridade de um
a um por cerca de uma década. A
queda do câmbio fixo marcou a
derrocada de um dos principais
símbolos da gestão do ex-presidente Carlos Menem (1989-1999).
Até o momento, o país não retomou o pagamento de sua dívida
externa. Com isso, o acesso do
país ao mercado internacional
-para obter empréstimos, por
exemplo- segue fechado.
Texto Anterior: Quarentena platina: Argentina prepara controle de capitais Próximo Texto: Medida deve reviver debate sobre adoção de mecanismo no Brasil Índice
|