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São Paulo, quinta-feira, 26 de junho de 2003

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Panelaços, "corralito" e moratória formaram ápice da crise em 2001

DA REPORTAGEM LOCAL

A crise político-econômica argentina atingiu seu ápice no fim de 2001 e se arrastou por vários meses. Entre dezembro daquele ano e março de 2002, diferentes nomes ocuparam a cadeira do presidente, o país decidiu pela moratória de sua dívida externa, vários pacotes econômicos foram editados e os argentinos tiveram de aprender a conviver com intermináveis dias de feriados bancários e cambiais.
Antes renunciar e cair no ostracismo, em dezembro de 2001, o ex-ministro da Economia Domingo Cavallo tomou uma de suas últimas radicais decisões: limitou os saques das contas bancárias no país -o que ficou conhecido como "corralito"- para conter a fuga de recursos e tentar evitar a quebradeira dos bancos.
A resposta da população argentina veio na forma dos "panelaços", protestos que tomaram as ruas de Buenos Aires e culminaram com uma dura resposta do governo, que veio por meio da decretação de estado de sítio. Fernando de la Rúa (1999-2001) renunciaria à Presidência dias depois.
O câmbio acabaria sendo liberado no país em fevereiro do ano passado, marcando o fracasso do sistema cambial fixo, que atrelou o peso ao dólar na paridade de um a um por cerca de uma década. A queda do câmbio fixo marcou a derrocada de um dos principais símbolos da gestão do ex-presidente Carlos Menem (1989-1999).
Até o momento, o país não retomou o pagamento de sua dívida externa. Com isso, o acesso do país ao mercado internacional -para obter empréstimos, por exemplo- segue fechado.


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