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Saúde fica sem R$ 1 bi adicional
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Ministério da Saúde foi um
dos principais prejudicados com
a necessidade de cortes do governo federal. O ministro do Planejamento, Martus Tavares, havia
prometido ao ministro José Serra
(Saúde) uma verba adicional de
R$ 1 bilhão, além do previsto originalmente no Orçamento.
Com o corte anunciado ontem,
Martus não vai cumprir o seu
acordo. Na realocação de ontem,
a Saúde conseguiu apenas R$ 240
milhões. Ao sair de uma conversa
com Pedro Malan Serra disse que
não considerava "um aumento" o
total que recebeu.
O acerto entre Martus e Serra foi
costurado para apaziguar um
conflito entre a Fazenda e a Saúde.
Havia uma divergência de interpretação entre os dois ministérios
sobre a quantidade de recursos
que o governo seria obrigado a
destinar para o ministério de Serra por conta da legislação atual.
A diferença entre o que o ministro Malan estava disposto a liberar e que Serra reivindicava era de
R$ 1,2 bilhão. Martus interveio na
discussão para acabar com ela.
A princípio, o presidenciável
Serra não deve reclamar da perda
de recursos. Não seria simpático
exigir mais verbas num momento
em que o país atravessa uma crise
e os cortes são generalizados. O
acerto também era um acordo de
cavalheiros entre Serra e Martus.
Não haveria como exigi-lo.
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