São Paulo, quinta-feira, 26 de julho de 2001

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Saúde fica sem R$ 1 bi adicional


DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Ministério da Saúde foi um dos principais prejudicados com a necessidade de cortes do governo federal. O ministro do Planejamento, Martus Tavares, havia prometido ao ministro José Serra (Saúde) uma verba adicional de R$ 1 bilhão, além do previsto originalmente no Orçamento.
Com o corte anunciado ontem, Martus não vai cumprir o seu acordo. Na realocação de ontem, a Saúde conseguiu apenas R$ 240 milhões. Ao sair de uma conversa com Pedro Malan Serra disse que não considerava "um aumento" o total que recebeu.
O acerto entre Martus e Serra foi costurado para apaziguar um conflito entre a Fazenda e a Saúde. Havia uma divergência de interpretação entre os dois ministérios sobre a quantidade de recursos que o governo seria obrigado a destinar para o ministério de Serra por conta da legislação atual.
A diferença entre o que o ministro Malan estava disposto a liberar e que Serra reivindicava era de R$ 1,2 bilhão. Martus interveio na discussão para acabar com ela.
A princípio, o presidenciável Serra não deve reclamar da perda de recursos. Não seria simpático exigir mais verbas num momento em que o país atravessa uma crise e os cortes são generalizados. O acerto também era um acordo de cavalheiros entre Serra e Martus. Não haveria como exigi-lo.



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