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São Paulo, sábado, 26 de julho de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Títulos, que estão entre os que o governo vai trocar, sobem 1,19%; dólar fecha semana a R$ 2,893

C-Bonds sobem após anúncio de troca

DA REPORTAGEM LOCAL

A decisão do governo de trocar títulos da dívida brasileira deu novo ânimo aos C-Bonds, que fecharam ontem com alta de 1,19%.
Os C-Bonds, que são os papéis da dívida brasileira de maior liquidez no mercado internacional, estão entre os títulos que o governo pretende trocar para alongar o perfil dos papéis negociados lá fora. Ontem, os C-Bonds encerraram as operações a US$ 0,9031.
"O anúncio pegou o mercado meio de surpresa e trouxe um número maior de compradores para os C-Bonds. Na próxima semana, os investidores terão um horizonte mais claro do que acontecerá com os papéis da dívida brasileira", afirma Felipe Brandão, diretor de mercados emergentes da corretora López León.
Os C-Bonds acumulam forte valorização de 34,8% no ano. Mas, desde que atingiram sua cotação recorde (US$ 0,9288, no dia 16 do mês passado), esses papéis têm encontrado dificuldade para voltar a subir com firmeza.
A Bolsa de Valores de São Paulo não conseguiu superar seu nível recorde em pontos no ano (13.982) nesta semana. No período, o Ibovespa caiu 0,3%. Ontem, a Bolsa fechou praticamente estável, com pequeno recuo de 0,08%, aos 13.750 pontos.
A redução em 1,5 ponto percentual na taxa básica de juros, agora em 24,5% anuais, anunciada na quarta-feira, não foi o suficiente para animar o mercado acionário.
O destaque da semana foi o papel PNB da Aracruz, que disparou 10,5%. A ação preferencial do Itaú também teve desempenho bastante positivo, subindo 9,17% na semana.
As teles foram a decepção da semana. Dentre as dez maiores perdas do período, seis ficaram com ações de empresas de telecomunicações. No setor, as ações com direito a voto (ON) da Telemar foram as que mais caíram, registrando desvalorização de 5,67%.
O dólar fechou a semana com pequena oscilação, vendido a R$ 2,893. A alta da moeda norte-americana ontem foi de apenas 0,10%. Apesar da baixa variação no valor do dólar nos últimos dias, o mercado projeta que o câmbio vai voltar a ser pressionado daqui para frente. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar fechou a R$ 2,995 no contrato com prazo em outubro.
Os juros futuros encerraram a 24,20% ao ano no contrato DI com prazo mais curto.
(FABRICIO VIEIRA)


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