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MERCADO FINANCEIRO
Títulos, que estão entre os que o governo vai trocar, sobem 1,19%; dólar fecha semana a R$ 2,893
C-Bonds sobem após anúncio de troca
DA REPORTAGEM LOCAL
A decisão do governo de trocar
títulos da dívida brasileira deu novo ânimo aos C-Bonds, que fecharam ontem com alta de 1,19%.
Os C-Bonds, que são os papéis
da dívida brasileira de maior liquidez no mercado internacional,
estão entre os títulos que o governo pretende trocar para alongar o
perfil dos papéis negociados lá fora. Ontem, os C-Bonds encerraram as operações a US$ 0,9031.
"O anúncio pegou o mercado
meio de surpresa e trouxe um número maior de compradores para
os C-Bonds. Na próxima semana,
os investidores terão um horizonte mais claro do que acontecerá
com os papéis da dívida brasileira", afirma Felipe Brandão, diretor de mercados emergentes da
corretora López León.
Os C-Bonds acumulam forte
valorização de 34,8% no ano.
Mas, desde que atingiram sua cotação recorde (US$ 0,9288, no dia
16 do mês passado), esses papéis
têm encontrado dificuldade para
voltar a subir com firmeza.
A Bolsa de Valores de São Paulo
não conseguiu superar seu nível
recorde em pontos no ano
(13.982) nesta semana. No período, o Ibovespa caiu 0,3%. Ontem,
a Bolsa fechou praticamente estável, com pequeno recuo de 0,08%,
aos 13.750 pontos.
A redução em 1,5 ponto percentual na taxa básica de juros, agora
em 24,5% anuais, anunciada na
quarta-feira, não foi o suficiente
para animar o mercado acionário.
O destaque da semana foi o papel PNB da Aracruz, que disparou
10,5%. A ação preferencial do Itaú
também teve desempenho bastante positivo, subindo 9,17% na
semana.
As teles foram a decepção da semana. Dentre as dez maiores perdas do período, seis ficaram com
ações de empresas de telecomunicações. No setor, as ações com direito a voto (ON) da Telemar foram as que mais caíram, registrando desvalorização de 5,67%.
O dólar fechou a semana com
pequena oscilação, vendido a R$
2,893. A alta da moeda norte-americana ontem foi de apenas
0,10%. Apesar da baixa variação
no valor do dólar nos últimos
dias, o mercado projeta que o
câmbio vai voltar a ser pressionado daqui para frente. Na Bolsa de
Mercadorias & Futuros (BM&F),
o dólar fechou a R$ 2,995 no contrato com prazo em outubro.
Os juros futuros encerraram a
24,20% ao ano no contrato DI
com prazo mais curto.
(FABRICIO VIEIRA)
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