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MERCADO FINANCEIRO
Banco norte-americano recomenda compra de ações de empresas brasileiras e puxa alta da Bolsa
Morgan Stanley "ajuda", e Bovespa sobe
DA REPORTAGEM LOCAL
Animada com um relatório do
banco de investimentos Morgan
Stanley, que recomendava a seus
clientes a compra de ações de
empresas brasileiras, a Bovespa
registrou ontem alta de 1,91%.
Segundo operadores de mercado, o relatório diz que a Bolsa
paulista deve ser responsável por
40% dos recursos captados pelo
mercado latino-americano neste
semestre.
Em um dia de poucas novidades, dentro e fora do país, a recomendação feita pelo banco foi suficiente para puxar a alta das
ações. "É uma instituição importante no mundo inteiro, e um
relatório como esse é um sinal
muito positivo", afirma Michel
Campanella, da Socopa.
Campanella diz ainda que, na
quarta-feira, a queda de 0,79%
registrada pela Bolsa deixou algumas ações muito baratas. O movimento daquele dia foi atribuído
pelo analista a uma certa decepção de parte do mercado com a
manutenção da taxa Selic em
16,5% ao ano. A alta de ontem
corrigiu a queda de anteontem.
Além do relatório do Morgan
Stanley, a Bolsa ainda repercutia
as notícias anunciadas na quinta-feira sobre o Banespa. Ontem,
os papéis do banco subiram
4,95%. Em dois pregões, as ações
preferenciais avançaram 11,40%.
Apesar de não ter havido nenhum avanço significativo na
"novela" da venda do Banespa,
os investidores ainda estavam
animados com a notícia de que o
presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Carlos
Velloso, deve decidir na próxima
semana se autoriza ou não a retomada do processo de privatização do banco.
Para Pedro Marcondes, da
Equação Distribuidora de Títulos, a falta de novos investidores
impede uma alta mais forte da
Bovespa, mesmo com os bons
fundamentos da economia.
"A migração da renda fixa para
a renda variável não foi tão forte
como se esperava", afirma. Esse
fator, somado à ausência de investidores estrangeiros, faz "o
mercado perder força".
Na Bolsa do Rio, entrou em
funcionamento ontem o Sisbex,
onde são negociados apenas títulos públicos. Na estréia, foram
movimentados R$ 306,624 milhões. Quando negociava apenas
ações, a Bolsa do Rio girava, em
média, R$ 20 milhões por dia.
(NEY HAYASHI DA CRUZ)
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