São Paulo, sábado, 26 de agosto de 2000


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Índice

MERCADO FINANCEIRO
Banco norte-americano recomenda compra de ações de empresas brasileiras e puxa alta da Bolsa
Morgan Stanley "ajuda", e Bovespa sobe

DA REPORTAGEM LOCAL

Animada com um relatório do banco de investimentos Morgan Stanley, que recomendava a seus clientes a compra de ações de empresas brasileiras, a Bovespa registrou ontem alta de 1,91%.
Segundo operadores de mercado, o relatório diz que a Bolsa paulista deve ser responsável por 40% dos recursos captados pelo mercado latino-americano neste semestre.
Em um dia de poucas novidades, dentro e fora do país, a recomendação feita pelo banco foi suficiente para puxar a alta das ações. "É uma instituição importante no mundo inteiro, e um relatório como esse é um sinal muito positivo", afirma Michel Campanella, da Socopa.
Campanella diz ainda que, na quarta-feira, a queda de 0,79% registrada pela Bolsa deixou algumas ações muito baratas. O movimento daquele dia foi atribuído pelo analista a uma certa decepção de parte do mercado com a manutenção da taxa Selic em 16,5% ao ano. A alta de ontem corrigiu a queda de anteontem.
Além do relatório do Morgan Stanley, a Bolsa ainda repercutia as notícias anunciadas na quinta-feira sobre o Banespa. Ontem, os papéis do banco subiram 4,95%. Em dois pregões, as ações preferenciais avançaram 11,40%.
Apesar de não ter havido nenhum avanço significativo na "novela" da venda do Banespa, os investidores ainda estavam animados com a notícia de que o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Carlos Velloso, deve decidir na próxima semana se autoriza ou não a retomada do processo de privatização do banco.
Para Pedro Marcondes, da Equação Distribuidora de Títulos, a falta de novos investidores impede uma alta mais forte da Bovespa, mesmo com os bons fundamentos da economia.
"A migração da renda fixa para a renda variável não foi tão forte como se esperava", afirma. Esse fator, somado à ausência de investidores estrangeiros, faz "o mercado perder força".
Na Bolsa do Rio, entrou em funcionamento ontem o Sisbex, onde são negociados apenas títulos públicos. Na estréia, foram movimentados R$ 306,624 milhões. Quando negociava apenas ações, a Bolsa do Rio girava, em média, R$ 20 milhões por dia. (NEY HAYASHI DA CRUZ)


Texto Anterior: Japão aumenta inspeção de carros
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.