São Paulo, quinta-feira, 26 de agosto de 2004

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CRISE NO AR

Justiça julga ação da aérea

Lessa desvincula ajuda à Varig da decisão do STJ

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS

O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Carlos Lessa, disse ontem em Campinas que um possível socorro financeiro do governo federal à Varig não está condicionado a uma decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) na batalha travada entre a empresa de aviação e a União.
O STJ analisa o direito de a Varig receber uma indenização estimada em R$ 2,236 bilhões por perdas que alega ter sofrido com o controle de tarifas de antigos planos econômicos, de 1985 a 1992.
"[O socorro financeiro] não está condicionado de maneira nenhuma. O tempo da decisão do STJ corre por conta da lógica do próprio Judiciário. A questão da aviação comercial envolve o Ministério da Defesa e a Casa Civil."
Lessa sugeriu, no entanto, que o possível financiamento da empresa pelo BNDES possa ser facilitado caso a Varig ganhe a ação.
"Uma companhia aérea, para funcionar muito bem, deve ter entre US$ 600 milhões e US$ 700 milhões de capital de giro. Agora, não pode é ter o peso de heranças passadas porque senão não decola. Para o BNDES, é perfeitamente financiável uma empresa que voe em céu de brigadeiro", disse.
"Vôo em céu de brigadeiro é aquele em que não há turbulência", explicou Lessa.
O presidente do BNDES voltou a arriscar um prazo para que a questão de socorro ou não esteja definida. "Quero fazer um prognóstico de que a questão estará resolvida nos próximos 45, 50 ou 60 dias. Ela [questão] já tem suficiente concentração de esforços do governo federal para que o governo bata o martelo", disse. (MAURÍCIO SIMIONATO)


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