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MERCADO FINANCEIRO
Com moeda enfraquecida, fundos cambiais têm perdido recursos; Bolsa fecha com alta de 0,82%
Dólar volta ao nível de abril e fecha a R$ 2,95
DA REPORTAGEM LOCAL
Em seu quarto dia consecutivo
de baixa, o dólar fechou ontem a
R$ 2,952, menor valor desde 30 de
abril. No mês, a moeda americana
acumula recuo de 2,83%.
Essa perda de força do dólar
diante do real tem tido uma resposta dos investidores, que sacam
seus recursos dos fundos cambiais (aplicações que acompanham a oscilação da moeda). Em
agosto, até o dia 20, a captação líquida -diferença entre aplicações e saques- dessas aplicações
ficou negativa em R$ 518,8 milhões, o que representa cerca de
10% do patrimônio total da categoria. Os dados são da Anbid (Associação Nacional dos Bancos de
Investimento).
Com o risco-país em níveis menores, o mercado espera que um
maior número de operações de
captação de recursos sejam concluídas. Isso cria uma expectativa
de que, ao menos, o dólar se mantenha nos atuais níveis. Na terça-feira, o Bradesco iniciou uma
operação para captar US$ 50 milhões. É esperado também que o
governo brasileiro aproveite o
momento para realizar uma nova
emissão de títulos no exterior.
Na Bolsa de Valores de São Paulo, onde as ações de empresas de
telecomunicações concentraram
as atenções, o balanço foi positivo. O Ibovespa -principal índice
e referência do mercado- registrou alta de 0,82%.
O resultado das contas externas
brasileiras e a baixa do petróleo
no mercado internacional foram
as notícias positivas do dia. Para
hoje, é aguardada a ata da última
reunião do Copom (Comitê de
Política Monetária), ocorrida no
dia 18. O documento trará informações sobre as variáveis consideradas pelo BC para manter por
mais um mês a taxa básica em
16% ao ano.
Ações
Os papéis das teles foram destaque do pregão, impulsionados
pelo anúncio de oferta pública de
recompra das ações que fazem
parte da Vivo.
Entre as cinco maiores altas do
dia, quatro ficaram com teles. O
Itel (índice que acompanha o desempenho das empresas de telefonia) registrou alta de 1,7%.
"Passado esse primeiro impacto, acho que essas ações devem se
acalmar nos próximos dias. A
operação anunciada já era esperada havia algum tempo pelos investidores", diz Michel Campanella, analista da corretora Socopa.
(FABRICIO VIEIRA)
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