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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
Brasileiro desconhece debate sobre energia, afirma Ciesp
A maioria dos brasileiros
nunca ouviu falar no projeto de
construção das usinas hidrelétricas do rio Madeira. Também
predomina no país a opinião de
que a política ambiental do governo não prejudica o crescimento industrial.
A conclusão é da pesquisa feita pelo Ipsos para o Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de
São Paulo), em 70 cidades e nove regiões metropolitanas de
todo o país, entre os dias 20 e 29
de julho. A margem de erro é de
três pontos percentuais.
Segundo a pesquisa, apesar
de toda a polêmica envolvendo
a construção das hidrelétricas
no rio Madeira, 53% dos entrevistados nunca ouviram falar a
respeito dessa discussão. Outros 39%, embora tenham ouvido falar no tema, disseram que
não têm acompanhado o assunto. Apenas 8% responderam que já ouviram falar nisso e
acompanham a discussão.
O desconhecimento sobre as
hidrelétricas é maior nas classes de menor poder aquisitivo.
Nas classes D e E, 63% nunca
ouviram falar do assunto. O número cai para 49% na classe C e
para 38% nas classes A e B.
Dos que já ouviram falar e
acompanham informações,
18% estão nas classes A e B. Dos
que pertencem às classes C e E,
só 4% acompanham o tema.
Para Romildo Campelo, diretor do Departamento de Meio
Ambiente do Ciesp, nem nas
classes de maior renda, onde se
esperava que houvesse maior
nível de informação, o conhecimento da população a respeito
das hidrelétricas do rio Madeira é satisfatório.
"Não importa a renda e não
importa o lugar: o desconhecimento geral é assustador. E não
é só neste governo; no anterior
também era assim", diz.
Também surpreende a resposta dos entrevistados quando questionados se a política de
proteção ao ambiente atrapalha o desenvolvimento econômico do país. Do total, 58%
acham que não. Apenas 19%
responderam sim e o restante
(23%) não sabe ou não respondeu à pergunta.
Para Campelo, isso mostra
como a questão ambiental está
distante da realidade e da rotina da sociedade. "As pessoas
não sabem como isso interfere
nas suas vidas, na indústria, na
infra-estrutura. Elas querem
energia, mas quando se fala em
construir uma hidrelétrica ninguém toma conhecimento."
Outra pergunta foi se os entrevistados acreditam que a política ambiental do governo
prejudica o crescimento das indústrias. Para 60%, a reposta
foi negativa. Apenas 18% responderam que sim, ou seja, as
indústrias são prejudicadas.
Para o diretor do Ciesp, esse
cenário também é fruto da falta
de discussão sobre o tema entre
a indústria e a sociedade. "A indústria precisa fazer seminários, divulgar isso tudo."
Senna lança produtos para casa inteligente
Após seis anos de pesquisa, a IHouse, de Leonardo
Senna, lança seus primeiros
produtos. Voltada ao mercado de residências inteligentes, a empresa criou itens como um painel gráfico
"touchscreen", que, instalado na parede, pode gerenciar
o funcionamento da banheira, das persianas e outros.
O painel pode ser acessado também à distância, pela
internet ou por celular.
O principal mercado a ser atingido são empreendimentos de alto padrão e os
primeiros apartamentos totalmente inteligentes já estão sendo entregues em São
Paulo, no Rio, em Florianópolis e em Manaus. No exterior, a idéia é atingir mercados como o Panamá e o
Oriente Médio, segundo assessoria feita nos EUA.
PADARIA
O restaurante Filipa, de Ina de Abreu (Mestiço), acaba de
lançar um novo serviço. Agora, os clientes poderão encomendar os pães, criados pelo chef Renato Lopes e produzidos diariamente no local, e levá-los para casa. A idéia nasceu
devido ao aumento da procura pelos produtos -já servidos
no couvert do restaurante-, resultado de um curso que Lopes fez em Nova York, mas foi posta em prática depois de sete meses de preparação e da compra dos equipamentos.
Além do curso sobre pães, Lopes acumula no currículo cursos sobre sorvetes na Itália, sobre pâtisserie na França e sobre gastronomia no Canadá. Para o verão, a promessa é de
uma variedade de sorbets no menu do restaurante.
RECEITA
As 23 redes associadas à
Abrafarma (de redes de farmácias e drogarias) atingiram cerca de R$ 3,7 bilhões
em vendas no primeiro semestre -valor 10,74% superior ao do mesmo período de
2006. A participação dos genéricos chegou a 10,23%,
contra 9,21% no mesmo período do ano anterior.
PEDAIS
A Caloi Terra, bicicleta da
Caloi, alcançou em um ano a
marca de 100 mil unidades vendidas. A previsão inicial era
vender 75 mil unidades por
ano. Em 2006, a empresa produziu 650 mil bicicletas.
GIBI
Maurício de Sousa apresenta
na Fiicav (feira de cinema e do
audiovisual) seus novos projetos. Está custeando, com recursos próprios, a produção do seu
próximo longa, "Cine Gibi 3",
orçado em R$ 4 milhões.
ESTRADA
A Ford Caminhões completa hoje 50 anos da produção do seu primeiro veículo
nacional, um caminhão
F-600. Nos sete primeiros
meses deste ano, as vendas
de caminhões Ford subiram
38,4% ante o mesmo período de 2006. As 10.643 unidades comercializadas no varejo, no período, fizeram a
participação de mercado subir de 19,4% para 20,6%, segundo o Renavam.
REGULAÇÃO
A Anbid (associação de
bancos de investimento)
acaba de divulgar dados dos
trabalhos de julho da área de
auto-regulação de ofertas
públicas que supervisiona
operações. Mesmo com a alta de 57% no número de
ofertas públicas de ações no
período, as falhas nas operações registradas na Anbid
caíram. As cartas de recomendação por atraso de prazos ou falta de documentos
caíram de 22 para 11 no período. O número de multas
por falhas nos prospectos ou
outras informações caiu de
20 para 11 e nenhum processo foi instaurado no mês.
COSTURA
A La Estampa, fornecedora carioca de tecidos, acaba
de inaugurar seu novo
showroom em São Paulo.
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