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Bolsa se recupera no final do dia e avança 0,24%
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Dados econômicos negativos nos Estados Unidos até
ameaçaram, mas não conseguiram deter a recuperação
do mercado acionário. As
Bolsas operaram em baixa
durante boa parte do pregão,
aqui e nos EUA, para encerrar em terreno positivo.
A alta de 0,24% obtida pela
Bovespa ontem levou-a a
cravar seu 34º recorde pontuação em 2007. No mês, a
valorização acumulada pela
Bovespa é de 7,72%; no ano,
está em 32,34%.
O índice Dow Jones, que
agrupa as ações americanas
mais negociadas, subiu
0,14%. A Bolsa eletrônica
Nasdaq avançou 0,58%.
Do setor imobiliário americano, epicentro da crise
que começou a incomodar o
mercado financeiro global há
dois meses, foram conhecidos dados negativos ontem.
Houve queda de 4,3% nas
vendas de moradias usadas
em agosto (leia texto abaixo),
segundo a Associação Nacional de Corretores de Imóveis
do país -além de recuo nos
preços de imóveis residenciais. Também foi divulgada
mais uma queda na confiança do consumidor americano, que já tinha sofrido baixa
no mês passado.
A Bovespa chegou a registrar desvalorização de 1,28%
na primeira hora de pregão.
Mas compras mais fortes feitas por estrangeiros ajudaram a tirar o mercado acionário doméstico do vermelho no fim do dia.
O movimento de ontem
mostrou que a Bolsa está ainda suscetível a um cenário
externo mais adverso.
A Bolsa paulista terminou
ontem a inéditos 58.857 pontos. Como a pontuação representa o valor das empresa
listadas em pregão, o recorde
mostra que as companhias
nunca valeram tanto.
Dessa forma, mesmo investidores otimistas podem
se desfazer de ações que subiram bastante nos últimos
pregões para embolsar lucros, o que tenderia a levar a
Bolsa a cair.
A desvalorização de 0,43%
registrada pelo dólar ontem
levou a moeda a R$ 1,861, seu
mais baixo valor desde o começo da crise nos mercados
globais, há dois meses.
O arrefecimento das turbulências e a volta de capital
externo para a Bovespa têm
derrubado o dólar -no mês,
a moeda estrangeira registra
depreciação de 5,24%.
O BC fez ontem leilão de
títulos do segmento cambial,
no montante de US$ 2,2 bilhões, para rolar vencimento
de dívida que ocorrerá no dia
1º. Os títulos ofertados pelo
BC têm o efeito contábil de
compras de dólares no mercado futuro, tendendo a
pressionar a cotação da moeda. Profissionais do mercado
entendem que o próximo
passo a ser tomado pelo BC é
voltar a comprar dólares.
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