São Paulo, quarta-feira, 26 de setembro de 2007

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Bolsa se recupera no final do dia e avança 0,24%

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Dados econômicos negativos nos Estados Unidos até ameaçaram, mas não conseguiram deter a recuperação do mercado acionário. As Bolsas operaram em baixa durante boa parte do pregão, aqui e nos EUA, para encerrar em terreno positivo.
A alta de 0,24% obtida pela Bovespa ontem levou-a a cravar seu 34º recorde pontuação em 2007. No mês, a valorização acumulada pela Bovespa é de 7,72%; no ano, está em 32,34%.
O índice Dow Jones, que agrupa as ações americanas mais negociadas, subiu 0,14%. A Bolsa eletrônica Nasdaq avançou 0,58%.
Do setor imobiliário americano, epicentro da crise que começou a incomodar o mercado financeiro global há dois meses, foram conhecidos dados negativos ontem.
Houve queda de 4,3% nas vendas de moradias usadas em agosto (leia texto abaixo), segundo a Associação Nacional de Corretores de Imóveis do país -além de recuo nos preços de imóveis residenciais. Também foi divulgada mais uma queda na confiança do consumidor americano, que já tinha sofrido baixa no mês passado.
A Bovespa chegou a registrar desvalorização de 1,28% na primeira hora de pregão. Mas compras mais fortes feitas por estrangeiros ajudaram a tirar o mercado acionário doméstico do vermelho no fim do dia.
O movimento de ontem mostrou que a Bolsa está ainda suscetível a um cenário externo mais adverso.
A Bolsa paulista terminou ontem a inéditos 58.857 pontos. Como a pontuação representa o valor das empresa listadas em pregão, o recorde mostra que as companhias nunca valeram tanto.
Dessa forma, mesmo investidores otimistas podem se desfazer de ações que subiram bastante nos últimos pregões para embolsar lucros, o que tenderia a levar a Bolsa a cair.
A desvalorização de 0,43% registrada pelo dólar ontem levou a moeda a R$ 1,861, seu mais baixo valor desde o começo da crise nos mercados globais, há dois meses.
O arrefecimento das turbulências e a volta de capital externo para a Bovespa têm derrubado o dólar -no mês, a moeda estrangeira registra depreciação de 5,24%.
O BC fez ontem leilão de títulos do segmento cambial, no montante de US$ 2,2 bilhões, para rolar vencimento de dívida que ocorrerá no dia 1º. Os títulos ofertados pelo BC têm o efeito contábil de compras de dólares no mercado futuro, tendendo a pressionar a cotação da moeda. Profissionais do mercado entendem que o próximo passo a ser tomado pelo BC é voltar a comprar dólares.


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