São Paulo, sábado, 26 de setembro de 2009

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Bovespa não escapa do vermelho na semana

Queda semanal da Bolsa foi de 0,6%; dólar fecha a R$ 1,80

DA REPORTAGEM LOCAL

A alta de 0,52% registrada pela Bolsa de Valores de São Paulo no pregão de ontem não conseguiu tirar o mercado acionário do vermelho na semana. Aos 60.355 pontos, a Bovespa encerrou a semana com baixa acumulada de 0,57%.
O dia desfavorável ao mercado nos Estados Unidos prejudicou a recuperação da Bolsa doméstica. O índice Dow Jones, o principal de Wall Street, terminou com recuo de 0,44%. A Bolsa eletrônica Nasdaq teve perda de 0,79%.
Dados econômicos divergentes desanimaram os investidores nos EUA. O anúncio do recuo nos pedidos de bens duráveis não foi bem recebido. O resultado das vendas de casas novas, que veio mais fraco que o esperado, também não ajudou muito. De positivo, houve o fortalecimento da confiança do consumidor americano.
Com o ânimo internacional comprometido, e a consequente diminuição nas operações de investidores estrangeiros, o pregão de ontem teve movimentação bem fraca. No dia foram movimentados R$ 4 bilhões em ações na Bolsa de Valores, cifra quase 30% inferior à média diária do mês.
O dia apenas não foi mais fraco devido à informação de que os fundos de pensão receberam autorização para aumentar seus aportes no mercado de ações, o que pode representar o desembarque de recursos extras na Bolsa.
Para alguns analistas, o recuo no montante negociado ontem deve se repetir nos próximos pregões, pois os investidores estariam poupando recursos para participar da oferta de ações conduzida pelo Santander, para a qual se projeta uma movimentação que pode chegar a R$ 13,5 bilhões.
Apesar do dia fraco, as ações de maior liquidez conseguiram escapar do vermelho, dando impulso à Bolsa. Mesmo com o petróleo rondando seus menores preços em mais de um mês, as ações da Petrobras conseguiram fechar o pregão com ganho de 0,91%. A ação PNA da Vale, a segunda mais negociada da Bolsa doméstica, terminou com alta de 0,33%.
No setor financeiro, os resultados também foram favoráveis. A ação ordinária (com direito a voto) do Banco do Brasil encerrou com ganho de 1,44%. A ação PN do Itaú Unibanco subiu 0,54%, e Bradesco PN teve elevação de 0,64%.
Apesar da semana pouco empolgante, a Bolsa brasileira caminha para o final de setembro com resultados bastante fortes. No mês, registra valorização de 6,85%. No ano, a apreciação acumulada está em 60,7%.
Em dólares, a alta do Ibovespa em 2009 alcança os 108,5%.
O dólar, que chegou a fechar a R$ 1,788 durante a semana, terminou as operações de ontem cotado a R$ 1,80. Na semana, a moeda norte-americana se depreciou em 0,50%.

Semana fraca
Dentre os papéis que entram na composição do índice Ibovespa, o mais relevante do mercado brasileiro, as baixas predominaram na semana. Houve 39 ações com queda acumulada no período dentre as 63 que formam o Ibovespa.
Ações de diferentes setores compuseram a lista das que mais perderam na semana. No topo ficou Gafisa ON, que recuou 5,92%.
Logo atrás apareceram TAM PN, com baixa de 5,25%, TIM Participações PN (-5,01%) e Eletrobrás ON (-5%).
Na outra ponta, a ação ordinária da MMX Mineração foi a que teve o melhor desempenho semanal, com ganho de 7,36%. O papel da Rossi Residencial foi outro destaque, com ganhos de 6,88%, seguido por VCP ON (4,48%) e JBS ON (3,72%).
(FABRICIO VIEIRA)


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