|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Bovespa não escapa do vermelho na semana
Queda semanal da Bolsa foi
de 0,6%; dólar fecha a R$ 1,80
DA REPORTAGEM LOCAL
A alta de 0,52% registrada
pela Bolsa de Valores de São
Paulo no pregão de ontem não
conseguiu tirar o mercado acionário do vermelho na semana.
Aos 60.355 pontos, a Bovespa
encerrou a semana com baixa
acumulada de 0,57%.
O dia desfavorável ao mercado nos Estados Unidos prejudicou a recuperação da Bolsa doméstica. O índice Dow Jones, o
principal de Wall Street, terminou com recuo de 0,44%. A Bolsa eletrônica Nasdaq teve perda de 0,79%.
Dados econômicos divergentes desanimaram os investidores nos EUA. O anúncio do recuo nos pedidos de bens duráveis não foi bem recebido. O resultado das vendas de casas novas, que veio mais fraco que o
esperado, também não ajudou
muito. De positivo, houve o fortalecimento da confiança do
consumidor americano.
Com o ânimo internacional
comprometido, e a consequente diminuição nas operações de
investidores estrangeiros, o
pregão de ontem teve movimentação bem fraca. No dia foram movimentados R$ 4 bilhões em ações na Bolsa de Valores, cifra quase 30% inferior à
média diária do mês.
O dia apenas não foi mais fraco devido à informação de que
os fundos de pensão receberam
autorização para aumentar
seus aportes no mercado de
ações, o que pode representar o
desembarque de recursos extras na Bolsa.
Para alguns analistas, o recuo
no montante negociado ontem
deve se repetir nos próximos
pregões, pois os investidores
estariam poupando recursos
para participar da oferta de
ações conduzida pelo Santander, para a qual se projeta uma
movimentação que pode chegar a R$ 13,5 bilhões.
Apesar do dia fraco, as ações
de maior liquidez conseguiram
escapar do vermelho, dando
impulso à Bolsa. Mesmo com o
petróleo rondando seus menores preços em mais de um mês,
as ações da Petrobras conseguiram fechar o pregão com ganho
de 0,91%. A ação PNA da Vale, a
segunda mais negociada da
Bolsa doméstica, terminou
com alta de 0,33%.
No setor financeiro, os resultados também foram favoráveis. A ação ordinária (com direito a voto) do Banco do Brasil
encerrou com ganho de 1,44%.
A ação PN do Itaú Unibanco subiu 0,54%, e Bradesco PN teve
elevação de 0,64%.
Apesar da semana pouco empolgante, a Bolsa brasileira caminha para o final de setembro
com resultados bastante fortes.
No mês, registra valorização de
6,85%. No ano, a apreciação
acumulada está em 60,7%.
Em dólares, a alta do Ibovespa em 2009 alcança os 108,5%.
O dólar, que chegou a fechar
a R$ 1,788 durante a semana,
terminou as operações de ontem cotado a R$ 1,80. Na semana, a moeda norte-americana
se depreciou em 0,50%.
Semana fraca
Dentre os papéis que entram
na composição do índice Ibovespa, o mais relevante do mercado brasileiro, as baixas predominaram na semana. Houve
39 ações com queda acumulada
no período dentre as 63 que
formam o Ibovespa.
Ações de diferentes setores
compuseram a lista das que
mais perderam na semana. No
topo ficou Gafisa ON, que recuou 5,92%.
Logo atrás apareceram TAM
PN, com baixa de 5,25%, TIM
Participações PN (-5,01%) e
Eletrobrás ON (-5%).
Na outra ponta, a ação ordinária da MMX Mineração foi a
que teve o melhor desempenho
semanal, com ganho de 7,36%.
O papel da Rossi Residencial foi
outro destaque, com ganhos de
6,88%, seguido por VCP ON
(4,48%) e JBS ON (3,72%).
(FABRICIO VIEIRA)
Texto Anterior: Fundos de pensão criticam alterações Próximo Texto: Vaivém das commodities Índice
|