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COMÉRCIO EXTERIOR
No início do ano, governo previa saldo de US$ 5 bilhões; exportações crescem há cinco meses seguidos
Superávit de US$ 11 bi bate previsão anual
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Com o superávit de US$ 255
milhões registrado na semana
passada, o saldo da balança comercial desde janeiro já atingiu
US$ 11,130 bilhões. O resultado
acumulado até a penúltima semana deste mês supera a estimativa
do governo para o ano.
A previsão do governo é obter
um superávit comercial de pelo
menos US$ 11 bilhões neste ano.
No começo do ano, a estimativa
era que o superávit ficasse em
aproximadamente US$ 5 bilhões.
O resultado comercial no ano é
de longe o melhor dos dois mandatos do presidente Fernando
Henrique Cardoso (1995-2002). A
última vez que Brasil conseguiu
um superávit acima de US$ 10 bilhões foi em 1994, ano em que o
Plano Real foi lançado.
Naquele ano, o superávit foi de
US$ 10,466 bilhões. O melhor resultado do governo FHC, foi conseguido no ano passado, com um
superávit de US$ 2,642 bilhões.
Exportação em alta
Embora a queda das importações seja a principal explicação
para o resultado anual, há cinco
meses as exportações mensais são
maiores que as do mesmo período de 2001. Em outubro, as exportações acumuladas no ano passaram pela primeira vez as do mesmo período do ano passado.
No ano, as exportações estão em
US$ 53,910 bilhões, 2,3% maiores
que as verificadas no mesmo período de 2001. As importações,
por sua vez, estão em US$ 42,780
bilhões, uma queda de 16,2% ao
mesmo período do ano passado.
No mês de novembro, as exportações somam US$ 3,918 bilhões.
A média diária de embarques
(US$ 261,2 milhões) é 16,1% superior à de novembro do ano passado. As importações, neste mês,
somam US$ 2,848 bilhões, o que
dá uma média diária de US$ 210,7
milhões -9,9% inferior a de novembro de 2001.
A desvalorização do real e a
queda no ritmo do crescimento
econômico são as principais causas da melhora do saldo comercial. A subida do dólar barateou
os produtos brasileiros no exterior. Ao mesmo tempo, encareceu
as importações.
Impacto
A queda do crescimento econômico teve ainda um impacto na
demanda por bens importados.
Com menos renda, os consumidores diminuíram os gastos com
bens importados.
Em novembro, as exportações
que mais cresceram foram as de
produtos básicos (25,9%), como
minério de ferro, farelo de soja,
café em grão, soja em grão e carnes suínas e de frango. As vendas
que menos cresceram foram as de
produtos manufaturados (8,4%),
como aviões, automóveis e laminados planos de ferro e aço.
Do lado das importações, as
maiores quedas foram nas compras de automóveis, bens siderúrgicos, máquinas mecânicas e instrumentos de ótica e precisão.
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