São Paulo, sexta-feira, 26 de novembro de 2004

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FUNDO DE PENSÃO

CMN dá 14 anos para Previ se ajustar a regras

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O CMN (Conselho Monetário Nacional) deu 14 anos para a Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil) adequar seus investimentos às regras de aplicação. Para a venda de ações, o limite é 2012, mas, para investimentos em fundos imobiliários, a Previ tem até 2018 para fazer os ajustes. O CMN também aprovou planos de adequação de outros três fundos de pensão, entre os quais os dos funcionários da Petrobras e da Embratel.
De um patrimônio de R$ 60 bilhões, a Previ detém 58% em ações. Porém não poderia ter mais de 50% dos ativos em renda variável. No plano aprovado pelo CMN, a fundação se comprometeu a se desfazer de R$ 4 bilhões em ações até 2012, de acordo com o valor dos ativos hoje. Segundo o diretor de análise de investimentos da SPC (Secretaria de Previdência Complementar), Ricardo Pena, a Previ já vendeu R$ 900 milhões ao longo deste ano.
Teoricamente, faltariam R$ 3,1 bilhões. Mas até 2012, ressaltou Pena, os valores podem se alterar, já que os ativos podem aumentar (ou diminuir) e as ações podem se valorizar (ou se depreciar).
O prazo foi definido, conforme Pena, de modo a não provocar uma depreciação dos papéis da Previ (que poderia acontecer se a fundação fosse forçada a vendê-los rapidamente) nem a gerar volatilidade na Bolsa de Valores.
As fundações também não podem deter mais que 25% de um mesmo fundo imobiliário, e a Previ tem 32% do Panamby. O prazo para esse ajuste é 2018. A fundação se comprometeu a vender debêntures que excedem o limite de 25% (por papel).
A Petros (Petrobras) também ultrapassou o limite de 25% em três fundos imobiliários. A Telos (Embratel) detém 32% do capital votante de uma mesma empresa -o limite é de 25%.


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