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Megasite busca uma saída com financeiras
DA REPORTAGEM LOCAL
Há um conflito na área financeira na fusão entre Americanas.com e Submarino que tem
chances de ser resolvida por
meio de um acordo entre as
partes. Na quinta-feira, as duas
empresas anunciaram a criação
de um novo megasite.
A questão aí é que as companhias trabalham com dois bancos diferentes como braços financeiros de suas operações.
Há uma "saída de cavalheiros",
apurou a Folha, que pode ser
uma solução para o impasse.
Ela passa por uma divisão dos
negócios entre os dois bancos.
Atualmente, a Lojas Americanas opera com a FAI (Financeira Americanas Itaú). A FAI é
fruto da parceria entre a loja e o
Banco Itaú. Em abril de 2005,
ficou determinado que a estruturação e a comercialização de
produtos e serviços financeiros
para os clientes das Lojas Americanas, Americanas Express e
Americanas.com serão atividades exercidas com exclusividade por uma nova instituição financeira, detida em partes
iguais pelo Itaú e pela Americanas. Essa parceria tem prazo de
20 anos. Se uma das partes decidir mudar de idéia, paga multa -valor mantido em sigilo.
Já o Submarino tem um
acordo que começa a ganhar
corpo nos últimos meses -é
menos maduro que o da Americanas. Firmado em fevereiro
com a Cetelem, empresa francesa, o Submarino tem o cartão
Aura, que possibilita compras
parceladas e empréstimos. Até
setembro, foram emitidos 12,7
mil cartões Aura. O compromisso acertado é criar uma
companhia de propósito específico com fim de promover
produtos de financiamento aos
clientes do Submarino durante
20 anos também.
Pelo acordo, a Cetelem tem
50% da nova companhia em
troca de um pagamento que é
fixo e vinculado (parcialmente)
ao desempenho futuro da nova
companhia. Do outro lado, o
Submarino participará dos lucros da entidade e será responsável por quaisquer perdas de
crédito na proporção de sua
participação societária (50%).
Segundo a Folha apurou na
sexta-feira, uma das possibilidades de acordo passa por uma
divisão das operações da seguinte forma: o Itaú ficaria
apenas com a exploração de
serviços financeiros nas lojas
físicas. A Cetelem, por sua vez,
operaria como braço financeiro do megasite. A empresa não
confirma essa possibilidade.
"Temos obrigações contratuais e há conflitos ali. Temos
de sentar e ver para que nenhuma das partes saia prejudicada", disse a analistas o presidente do Submarino, Flávio
Jansen.
(ADRIANA MATTOS)
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