São Paulo, domingo, 26 de novembro de 2006

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Megasite busca uma saída com financeiras

DA REPORTAGEM LOCAL

Há um conflito na área financeira na fusão entre Americanas.com e Submarino que tem chances de ser resolvida por meio de um acordo entre as partes. Na quinta-feira, as duas empresas anunciaram a criação de um novo megasite.
A questão aí é que as companhias trabalham com dois bancos diferentes como braços financeiros de suas operações. Há uma "saída de cavalheiros", apurou a Folha, que pode ser uma solução para o impasse. Ela passa por uma divisão dos negócios entre os dois bancos.
Atualmente, a Lojas Americanas opera com a FAI (Financeira Americanas Itaú). A FAI é fruto da parceria entre a loja e o Banco Itaú. Em abril de 2005, ficou determinado que a estruturação e a comercialização de produtos e serviços financeiros para os clientes das Lojas Americanas, Americanas Express e Americanas.com serão atividades exercidas com exclusividade por uma nova instituição financeira, detida em partes iguais pelo Itaú e pela Americanas. Essa parceria tem prazo de 20 anos. Se uma das partes decidir mudar de idéia, paga multa -valor mantido em sigilo.
Já o Submarino tem um acordo que começa a ganhar corpo nos últimos meses -é menos maduro que o da Americanas. Firmado em fevereiro com a Cetelem, empresa francesa, o Submarino tem o cartão Aura, que possibilita compras parceladas e empréstimos. Até setembro, foram emitidos 12,7 mil cartões Aura. O compromisso acertado é criar uma companhia de propósito específico com fim de promover produtos de financiamento aos clientes do Submarino durante 20 anos também.
Pelo acordo, a Cetelem tem 50% da nova companhia em troca de um pagamento que é fixo e vinculado (parcialmente) ao desempenho futuro da nova companhia. Do outro lado, o Submarino participará dos lucros da entidade e será responsável por quaisquer perdas de crédito na proporção de sua participação societária (50%).
Segundo a Folha apurou na sexta-feira, uma das possibilidades de acordo passa por uma divisão das operações da seguinte forma: o Itaú ficaria apenas com a exploração de serviços financeiros nas lojas físicas. A Cetelem, por sua vez, operaria como braço financeiro do megasite. A empresa não confirma essa possibilidade.
"Temos obrigações contratuais e há conflitos ali. Temos de sentar e ver para que nenhuma das partes saia prejudicada", disse a analistas o presidente do Submarino, Flávio Jansen. (ADRIANA MATTOS)


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