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Movimento em aeroportos deve
subir 50%
Aumento da demanda em razão do crescimento econômico preocupa mais o governo do que o fluxo para a Copa de 2014
Objetivo é montar plano de
expansão que gere folga de pelo menos 10%; SP, Brasília, Fortaleza, Recife e Salvador são principais problemas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O afluxo de passageiros devido à Copa do Mundo de 2014
não é o fator que mais preocupa
o governo Luiz Inácio Lula da
Silva em relação aos aeroportos, mas sim a demanda prevista para os próximos anos.
Segundo dados apresentados
ontem ao presidente Lula, o
número extra de passageiros
nos 16 aeroportos de cidades
que receberão jogos da Copa ficará entre 2 milhões e 2,5 milhões. Isso deve representar
apenas cerca de 1,5% dos 150
milhões de pessoas que devem
transitar nesses aeroportos durante o ano do Mundial.
Hoje, a demanda nos 16 aeroportos das cidades-sede do
evento esportivo está em 100
milhões de passageiros por ano.
Ou seja, a previsão é que, por
conta do crescimento econômico do país, o número de pessoas que utilizam avião como
meio de transporte subirá 50%
entre 2010 e 2014.
O governo deseja montar um
plano de expansão dos aeroportos até 2014 que gere uma
folga de pelo menos 10% -que
eles tenham capacidade para
receber naquele ano cerca de
165 milhões de passageiros.
Há outras projeções sobre a
demanda no país que indicam
que ela pode atingir, em 2014,
até 170 milhões passageiros.
Hoje, os aeroportos do Rio de
Janeiro são considerados os
mais fáceis de serem adaptados
para a Copa. Eles têm atualmente uma capacidade ociosa
que pode chegar a 10 milhões
de passageiros por ano -cerca
de 6 milhões no Galeão e 4 milhões em Santos Dumont.
Os principais problemas estão concentrados nos aeroportos de São Paulo, Brasília, Fortaleza, Recife e Salvador. Os
mais complicados são o de Guarulhos, cujas obras de ampliação enfrentaram questionamentos do TCU (Tribunal de
Contas da União), e o de Viracopos, em Campinas.
O governo planejava privatizar Viracopos para usá-lo como
teste sobre a operação privada
de um aeroporto de grande
porte no país, em contrapartida
ao modelo estatal, com administração da Infraero.
A estatal, que defende seguir
responsável pela administração dos aeroportos brasileiros,
tem um plano de investimento
até 2014 que totaliza R$ 7 bilhões.
Desse total, R$ 4,6 bilhões
são investimentos imprescindíveis para atender a demanda
da Copa do Mundo.
Pelo programa elaborado pela Infraero, 11 dos 16 aeroportos
da Copa sofrerão expansão em
sua capacidade, passando de
86,1 milhões para 143,3 milhões por ano.
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