São Paulo, domingo, 27 de janeiro de 2002

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PAINEL S.A.


Exportação
O BNDES aprovou financiamento de R$ 146 milhões para o projeto da Caemi (ex-Frering e agora Vale do Rio Doce e Mitsui) de ampliação de sua produção e de suas exportações de minério de ferro.

Investimento
A Caemi vai investir R$ 368 milhões em duas novas minas (Nova Lima e Itabirita, MG) e no terminal marítimo de Mangaratiba (RJ). A empresa é a quinta maior exportadora mundial de minério de ferro, só superada por Vale, Hamersley, Robe River e BHP.

Marco
No plano de investimento da Caemi, duas minas que estão com a vida útil exaurida serão fechadas. O fechamento da primeira delas, Águas Claras, será um marco na história. Pela primeira vez no Brasil uma mina de ferro vai ser "descomissionada", isto é, lacrada e extinta.

INSS eletrônico
Mais de 80% dos valores de guias de INSS quitados em janeiro pelas empresas, no Banco do Brasil, foram pagos por meios eletrônicos. A facilidade tecnológica permitiu ao BB receber 12,9 milhões de guias no ano passado, o equivalente a R$ 13,7 bilhões.

Assédio
A Kaiser está sendo assediada por um grande grupo internacional de cerveja. E não é a Heineken. A transação é intermediada pelo banco ING.

Linha ocupada
A Telesystem, empresa do Grupo CSU que presta serviços no segmento de call centers, contabilizou no ano passado cerca de 40 milhões de ligações recebidas em 3.000 pontos de atendimento.

RH em alta
De acordo com dados da consultoria Fesa, especializada na contratação de profissionais para o mercado financeiro, executivos das áreas de recursos humanos e comercial foram os mais requisitados em 2001. As contratações nas duas áreas subiram 150% e 219%, respectivamente, no ano passado em comparação ao anterior.

E-mail -
guilherme.barros@uol.com.br

ANÁLISE

O peso dos salários
Para compensar a queda na arrecadação com a correção do IR, todas as soluções apresentadas pelo governo, até agora, são de aumento de imposto. Em nenhum momento se falou em corte de gastos. Para o economista Raul Velloso, o governo não cogita a hipótese de mexer nas despesas por um motivo simples. Do total das despesas não-financeiras do governo, 80% são pagamentos a pessoas. Ou seja, alguma espécie de salário, aposentadoria ou benefício. "O Orçamento da União virou uma enorme folha de pagamentos", diz Velloso. Há pouco mais de dez anos, esses gastos representavam cerca de 50% do total de despesas não-financeiras. O grande problema é que a sociedade não suporta mais aumento de impostos no Brasil.



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