São Paulo, sexta-feira, 27 de janeiro de 2006

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MERCADO FINANCEIRO

Queda da moeda foi de 0,76%; Bovespa subiu 1,64%, passando de 38 mil pontos pela primeira vez

Depoimento de Palocci não influi, e dólar cai

DA REPORTAGEM LOCAL

O mercado financeiro não se incomodou com o depoimento dado ontem pelo ministro Antonio Palocci (Fazenda) à CPI dos Bingos. Com a falta de novidades nas declarações do ministro, o dólar não encontrou problemas para retomar sua rota de queda. A Bolsa de Valores de São Paulo teve mais um pregão de ganhos, fechando com alta de 1,64%.
O dólar recuou para R$ 2,231, menor cotação desde o começo de dezembro. A moeda encerrou o dia em queda de 0,76%. Com a venda de contratos de "swap cambial reverso", o BC retirou do mercado futuro ontem US$ 189 milhões, volume insuficiente para segurar o dólar.
A aguardada divulgação da ata da última reunião do Copom decepcionou parte dos analistas, que não encontrou novidades no documento. O Copom (Comitê de Política Monetária, formado por diretores e polo presidente do BC) decidiu, na semana passada, baixar a taxa básica da economia (Selic) de 18% para 17,25%.
"A ata da reunião do Copom manteve conteúdo muito similar ao do documento do mês passado. A autoridade monetária continua a avaliar como favorável a evolução doméstica da inflação e da atividade econômica, num contexto internacional amplamente benigno", afirma análise feita pela LCA Consultores, que projeta novo corte de 0,75 ponto percentual na Selic próxima reunião do Comitê.
Na BM&F, os contratos que refletem as projeções futuras para os juros oscilaram pouco. No contrato que vence daqui a 12 meses, a taxa foi de 15,91% para 15,89%.
Ontem a BM&F anunciou que a esperada roda de dólar pronto terá o início de suas operações no próximo dia 1º.
O risco-país brasileiro recuou mais um pouco, chegando ao fim dos negócios de ontem em novo piso histórico (263 pontos).

Ações
Com a alta da Bolsa de ontem, o Ibovespa encerrou o pregão acima dos 38 mil pontos pela primeira vez -mais precisamente a 38.014 pontos.
A Embraer, que passou a ser considerada "investment grade" pela agência Standard & Poor's no começo da semana, não conseguiu acompanhar o bom desempenho do mercado. O papel ON da Embraer caiu 1,59%, e o PN recuou 1,09%.


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