São Paulo, sexta-feira, 27 de janeiro de 2006 |
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AUTOMÓVEIS Ações da maior montadora do mundo tiveram queda de 4% na Bolsa de Nova York; empresa estuda cortes GM registra prejuízo de US$ 8,6 bilhões
DA BLOOMBERG A General Motors, a maior montadora mundial, informou ter registrado nos últimos três meses de 2005 seu quinto trimestre consecutivo de prejuízo e o primeiro prejuízo anual desde 1992, após a perda de participação de mercado para a Toyota e outras concorrentes ter gerado cortes de postos de trabalho e fechamento de fábricas. No quarto trimestre de 2005, o prejuízo da empresa foi de US$ 4,78 bilhões, comparativamente ao prejuízo de US$ 99 milhões, do mesmo período de 2004, disse a GM, ontem, em comunicado. Para o ano como um todo, a GM divulgou prejuízo de US$ 8,6 bilhões, comparativamente ao lucro de US$ 2,8 bilhões em 2004. Excluindo despesas extraordinárias, o prejuízo foi maior do que as previsões feitas por analistas. A receita da GM registrou queda menor que 1%, passando US$ 51,2 bilhões. O prejuízo do quarto trimestre inclui gastos de US$ 1,3 bilhão gerados pelo fechamento de fábricas na América do Norte e de US$ 2,3 bilhões reservados para despesas relacionadas à concordata da Delphi, ex-divisão da GM e maior fornecedora da montadora. A notícia foi divulgada um dia após o bilionário investidor Kirk Kerkorian, que está pressionando o principal executivo da GM, Rick Wagoner, a cortar gastos e a vender ativos não-essenciais, ter declarado que investiu US$ 263 milhões para recuperar uma participação de 9,9% na montadora. Wagoner enfrenta dificuldades com a alta dos custos dos planos de saúde, com uma classificação de crédito não-recomendável para investimento e com a atual fatia de mercado da empresa nos EUA, a menor desde 1925. "Essa é uma jornada de 1.000 quilômetros e, até agora, a empresa só está dando alguns passinhos", disse ontem Shelly Lombard, analista-sênior do setor de bônus de altos rendimentos da Gimme Credit Publications de Nova York. "A cada trimestre, a empresa está basicamente gastando cerca de US$ 2 bilhões mais do que poderia. Gostaríamos de ver uma melhora nessa situação." As ações da GM registraram queda de US$ 0,95, ou 4%, passando a valer US$ 22,90 antes do início das negociações no pregão composto da Bolsa de Valores de Nova York. Este ano, os papéis da empresa já registram alta de 23%. Em 2005, as ações da GM despencaram 52%, a queda mais acentuada entre as 30 empresas que compõem o Índice Dow Jones de 30 Ações Industriais. A Ford também tenta estancar seus prejuízos na América do Norte: anunciou o fechamento de 25.000 postos de trabalho. Texto Anterior: Petróleo: Chevron vai direcionar até US$ 2 bi para projeto de extração no Brasil Próximo Texto: Empresa tem resultado positivo no país Índice |
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