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Pfizer compra rival por US$ 68 bi e faz cortes
DA REDAÇÃO
A Pfizer, a maior companhia
farmacêutica mundial, tornou-se ainda maior com a aquisição
anunciada ontem da Wyeth por
US$ 68 bilhões, no maior negócio do setor desde 2000.
Mas o negócio em que a Pfizer oferece US$ 50,19 por ação
da Wyeth (14,75% mais do que
elas valiam na sexta-feira) também será seguido por demissões. A Pfizer, que anunciou
uma queda de 90% em seu lucro no quarto trimestre do ano
passado, pretende cortar 10%
da sua força de trabalho: cerca
de 8.000 funcionários. Com a
concretização do negócio, que
deverá ser finalizado no segundo ou no terceiro trimestre,
cinco fábricas serão fechadas e
pelo menos mais 11 mil vagas
serão eliminadas (o site da
CNNMoney afirma que mais 18
mil cortes serão realizados nessa segunda fase).
A aquisição dá à Pfizer acesso
ao antidepressivo Effexor e à
vacina de combate à pneumonia Prevnar, elevando as vendas anuais da companhia em
46%, para cerca de US$ 70 bilhões. O negócio contribuirá
para que a Pfizer neutralize os
efeitos de parte dos US$ 12 bilhões em receita que começará
a perder em 2011, quando o remédio de controle do colesterol
Lipitor passará a enfrentar
concorrência dos genéricos.
A aquisição também poderá
estimular maior concentração
no setor, assolado pela escassez
de novos produtos por lançar e
pelo crescente número de patentes em vésperas de expirar.
Mas, pelo menos em um primeiro momento, a aquisição
-a maior do setor farmacêutico desde a compra da SmithKline Beecham pela Glaxo Wellcome, em 2000, em um negócio
de US$ 76 bilhões-, não agradou aos acionistas. Os papéis da
Pfizer recuaram ontem 10,32%,
e os da Wyeth, 0,80%.
O negócio será ainda a maior
fusão desde o acordo de US$ 70
bilhões entre as companhias de
telefonia AT&T e BellSouth,
realizado em 2006, e uma raridade em um momento de crise
em todo o mundo. A Pfizer disse que pegará emprestados
US$ 22,5 bilhões com um consórcio de bancos e que financiará o restante do acordo com dinheiro próprio e ações.
Com "The New York Times" e Bloomberg
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