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Senado dos EUA confirma Geithner
no Tesouro
DA REDAÇÃO
Em um votação mais apertada que o esperado e com votos
contra até de membros do partido do presidente Barack Obama, Timothy Geithner foi aprovado ontem pelo Senado americano para ser o novo secretário do Tesouro dos EUA.
O nome do sucessor de
Henry Paulson no comando do
Tesouro foi aprovado por 60
senadores, ante 34 votos contrários (entre eles três senadores democratas). Para ter uma
ideia da rejeição a Geithner, a
indicação de Hillary Clinton
para dirigir o Departamento de
Estado foi aprovada por 94 senadores -dois foram contra.
As pressões contra Geithner,
que era presidente da divisão
regional de Nova York do Fed
(o BC dos EUA), intensificaram-se depois foi revelado que
ele deixou de declarar ao fisco
americano parte de sua renda
na época em que trabalhou no
FMI, entre 2001 e 2004.
"Nós estamos em um momento de enorme desafio para
a nossa economia e o nosso
país", afirmou Geithner no seu
discurso de posse no início da
noite de ontem, pouco mais de
uma hora depois da aprovação
pelo Senado. "O nosso compromisso é agirmos rapidamente
para ajudar você [Obama] a fazer o que o país lhe pediu", disse o dirigente, que esteve acompanhado na cerimônia do presidente americano.
No discurso de cerca de cinco
minutos, Geithner, no entanto,
não deu detalhes de quais as
medidas que o Tesouro fará para tentar recuperar o setor financeiro. Mas existe a expectativa de que, com a sua posse, o
governo apresente logo ações
para ajudar as instituições. Nos
últimos dias, cogita-se que,
além dos cerca de US$ 350 bilhões que ainda restam do pacote de ajuda aos bancos do ano
passado, o governo tome medidas para recuperar o setor.
Uma das hipóteses seria a criação de um banco estatal que assumiria os ativos problemáticos das instituições financeiras.
O porta-voz da Casa Branca,
Robert Gibbs, não descartou
ontem a criação de um novo
plano de resgate. De acordo
com ele, uma série de propostas serão discutidas para tentar
resolver o problema.
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