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ENERGIA
Alta foi de 4,6%; durante o dia, barril chegou a atingir a maior cotação desde a invasão do Kuait pelo Iraque, em 1990
Petróleo dispara e atinge cotação da Guerra do Golfo
DA REDAÇÃO
O preço do barril de petróleo
subiu ontem 4,55% na Bolsa Mercantil de Nova York e fechou o dia
cotado a US$ 37,7. Durante o dia,
chegou a ser comercializado a
US$ 37,93, o maior valor desde a
invasão do Kuait pelo Iraque, em
1990, quando atingiu US$ 41,15,
que originou a Guerra do Golfo.
A principal razão apontada para
a alta foi o anúncio de que os estoques de óleo para aquecimento
sofreram uma queda significativa.
Segundo o Departamento de
Energia dos Estados Unidos, as
reservas de óleo para aquecimento na semana que terminou em 21
de fevereiro caíram em 3,9 milhões de barris, ficando em 36,1
milhões de barris. Em relação a
um ano atrás, a queda foi de 33%.
"Na comercialização de curto
prazo, não há realmente muito
como segurar este mercado a menos de US$ 40 o barril", diz Paul
Horshnell, analista do banco de
investimentos JP Morgan. "Os últimos dados sobre os estoques são
assustadores. Devemos agora estar chegando muito perto do nível
de falta de abastecimento em alguns lugares."
A queda nos estoques americanos reforçou o impacto sobre os
preços do petróleo em um inverno mais frio do que o normal nos
EUA, que é o maior consumidor
de energia do mundo.
A possibilidade de guerra entre
Estados Unidos e Iraque -oitavo
maior exportador mundial de petróleo- tem pressionado o preço
do produto nos últimos meses.
Em relação a um ano atrás, o preço do barril comercializado em
Nova York subiu quase 80%.
Os estoques de petróleo nos
EUA também estão em queda.
Caíram 1 bilhão de barris na semana passada, para 271,9 milhões
de barris, apenas 2 milhões acima
do nível operacional mínimo.
Além disso, a Malásia sugeriu
ontem um embargo na venda de
petróleo por parte dos países islâmicos, como forma de pressionar
o Ocidente a evitar uma guerra
contra o Iraque. Autoridades e
analistas consideram improvável
que esse recurso seja usado.
A sugestão foi feita pelo primeiro-ministro da Malásia, Mahathir
Mohamad, durante uma conferência no país, da qual participaram líderes religiosos e ministros
de 49 países islâmicos.
O Kuait, que é membro da
Opep, já rejeitou o embargo.
Com agências internacionais
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