São Paulo, sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

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Alta do petróleo valoriza ações da Petrobras, mas Bolsa cai

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar da alta das ações da Petrobras, as mais negociadas do mercado acionário doméstico, a Bovespa acabou por encerrar o pregão com pequeno recuo, de 0,13%. Durante as operações, a Bolsa chegou a subir 2,5%, apoiada nos ganhos das exportadoras, mas inverteu o rumo com a piora dos mercados nos Estados Unidos.
No mercado de câmbio, o dólar recuou 1,22%, a R$ 2,346.
As ações da Petrobras, responsáveis por 23% do total movimentado na Bolsa ontem, fecharam com ganhos de 1,02% (PN) e 0,77% (ON).
O petróleo voltou a se apreciar no exterior. A informação de que os Emirados Árabes vão reduzir o fornecimento de óleo cru para a Ásia contribuiu para a elevação do barril de petróleo. Em Nova York, o produto subiu 6,4%, cotado a US$ 45,22. Na semana, o barril de petróleo registra valorização de 14,5%. Na quarta-feira, os EUA divulgaram um expressivo recuo em seus estoques de gasolina, o que ajudou a impulsionar os preços.
Em Wall Street, a alta do produto não ajudou as ações das petrolíferas. Os papéis da Exxon Mobil recuaram 1,5%, e os da Chevron perderam 0,52%.
Para o índice Dow Jones, que reúne as ações norte-americanas de maior liquidez, o pregão foi de baixa. O índice, que registrou alta durante parte do pregão, teve queda de 1,22%.
O setor que se destacou negativamente em Nova York ontem foi o de seguros, afetado por declarações do presidente Barack Obama de que planeja limitar os gastos com o sistema de saúde ligado às seguradoras. As ações da Humana Inc recuaram 19,5%, seguidas pelos papéis da UnitedHealth Group, que perderam 12,85%.
Para o mercado, também pesaram os dados econômicos negativos divulgados ontem. O número de vendas de imóveis novos no país mostrou queda de 10% em janeiro. Para os pedidos de bens duráveis no primeiro mês de 2009, a retração foi de 5,2%, no que representou o sexto mês seguido de recuo.
Também foi divulgada uma elevação nos pedidos de seguro-desemprego feitos pelos americanos, que subiram em 36 mil na semana passada.
"Os dados divulgados hoje [ontem] nos EUA não deixam dúvida quanto à desaceleração econômica da maior economia do ano e preparam o terreno para a divulgação do PIB por lá", avalia Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da Gradual Investimentos.
Hoje, o governo dos EUA divulga a 2ª prévia do PIB (Produto Interno Bruto) do país, referente ao último trimestre de 2008. Os analistas de mercado projetam que o PIB norte-americano tenha registrado retração de 5,3% no trimestre.


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