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Alta do petróleo valoriza ações da Petrobras, mas Bolsa cai
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar da alta das ações da
Petrobras, as mais negociadas
do mercado acionário doméstico, a Bovespa acabou por encerrar o pregão com pequeno
recuo, de 0,13%. Durante as
operações, a Bolsa chegou a subir 2,5%, apoiada nos ganhos
das exportadoras, mas inverteu
o rumo com a piora dos mercados nos Estados Unidos.
No mercado de câmbio, o dólar recuou 1,22%, a R$ 2,346.
As ações da Petrobras, responsáveis por 23% do total movimentado na Bolsa ontem, fecharam com ganhos de 1,02%
(PN) e 0,77% (ON).
O petróleo voltou a se apreciar no exterior. A informação
de que os Emirados Árabes vão
reduzir o fornecimento de óleo
cru para a Ásia contribuiu para
a elevação do barril de petróleo.
Em Nova York, o produto subiu
6,4%, cotado a US$ 45,22. Na
semana, o barril de petróleo registra valorização de 14,5%. Na
quarta-feira, os EUA divulgaram um expressivo recuo em
seus estoques de gasolina, o que
ajudou a impulsionar os preços.
Em Wall Street, a alta do produto não ajudou as ações das
petrolíferas. Os papéis da Exxon Mobil recuaram 1,5%, e os
da Chevron perderam 0,52%.
Para o índice Dow Jones, que
reúne as ações norte-americanas de maior liquidez, o pregão
foi de baixa. O índice, que registrou alta durante parte do pregão, teve queda de 1,22%.
O setor que se destacou negativamente em Nova York ontem foi o de seguros, afetado
por declarações do presidente
Barack Obama de que planeja
limitar os gastos com o sistema
de saúde ligado às seguradoras.
As ações da Humana Inc recuaram 19,5%, seguidas pelos papéis da UnitedHealth Group,
que perderam 12,85%.
Para o mercado, também pesaram os dados econômicos negativos divulgados ontem. O
número de vendas de imóveis
novos no país mostrou queda
de 10% em janeiro. Para os pedidos de bens duráveis no primeiro mês de 2009, a retração
foi de 5,2%, no que representou
o sexto mês seguido de recuo.
Também foi divulgada uma
elevação nos pedidos de seguro-desemprego feitos pelos
americanos, que subiram em
36 mil na semana passada.
"Os dados divulgados hoje
[ontem] nos EUA não deixam
dúvida quanto à desaceleração
econômica da maior economia
do ano e preparam o terreno
para a divulgação do PIB por
lá", avalia Pedro Paulo Silveira,
economista-chefe da Gradual
Investimentos.
Hoje, o governo dos EUA divulga a 2ª prévia do PIB (Produto Interno Bruto) do país, referente ao último trimestre de
2008. Os analistas de mercado
projetam que o PIB norte-americano tenha registrado retração de 5,3% no trimestre.
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