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São Paulo, quinta-feira, 27 de março de 2003

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TELES

Vendas podem ser prejudicadas

Indefinição do governo atrasa telefonia celular

LÁSZLÓ VARGA
DA REPORTAGEM LOCAL

A demora do governo em definir se liberará a frequência de 1,9 GHz para celulares neste ano começa a atrapalhar o setor de telefonia. O diretor de informática e comunicações da Siemens do Brasil, Humberto Cagno, disse ontem à Folha que a Brasil Telecom desacelerou seu projeto de operar celulares por não saber se poderá usar a frequência.
"Esse atraso no plano da Brasil Telecom só vai prejudicá-la. Ela perde tempo para poder concorrer", disse Cagno. A empresa é operadora de telefonia fixa e comprou licença para telefonia celular por R$ 190 milhões.
A Brasil Telecom deve investir no mínimo cerca de US$ 10 milhões para criar sua rede de celulares. Ela e a Vésper querem que o governo libere a frequência de 1,9 GHz para usarem tecnologia CDMA. As regras atuais da Anatel só liberam a frequência de 1,8 GHz, o que obriga o uso da tecnologia GSM (rival do CDMA). A Brasil Telecom não quis comentar as declarações da Siemens.
O ministro Miro Teixeira (Comunicações) defende a liberação da frequência, enquanto a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) era contra. A pedido de Miro, concordou em reabrir os estudos. Uma das consequências do impasse pode ser o atraso nas encomendas de celulares.


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