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TELES
Vendas podem ser prejudicadas
Indefinição do governo atrasa telefonia celular
LÁSZLÓ VARGA
DA REPORTAGEM LOCAL
A demora do governo em definir se liberará a frequência de 1,9
GHz para celulares neste ano começa a atrapalhar o setor de telefonia. O diretor de informática e
comunicações da Siemens do
Brasil, Humberto Cagno, disse
ontem à Folha que a Brasil Telecom desacelerou seu projeto de
operar celulares por não saber se
poderá usar a frequência.
"Esse atraso no plano da Brasil
Telecom só vai prejudicá-la. Ela
perde tempo para poder concorrer", disse Cagno. A empresa é
operadora de telefonia fixa e comprou licença para telefonia celular
por R$ 190 milhões.
A Brasil Telecom deve investir
no mínimo cerca de US$ 10 milhões para criar sua rede de celulares. Ela e a Vésper querem que o
governo libere a frequência de 1,9
GHz para usarem tecnologia
CDMA. As regras atuais da Anatel
só liberam a frequência de 1,8
GHz, o que obriga o uso da tecnologia GSM (rival do CDMA). A
Brasil Telecom não quis comentar as declarações da Siemens.
O ministro Miro Teixeira (Comunicações) defende a liberação
da frequência, enquanto a Anatel
(Agência Nacional de Telecomunicações) era contra. A pedido de
Miro, concordou em reabrir os
estudos. Uma das consequências
do impasse pode ser o atraso nas
encomendas de celulares.
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