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MELHORIA
Mas 48% da população ainda vive nessa condição
Expansão em 2003 tira 1,3 milhão de argentinos do estado de pobreza
DA REPORTAGEM LOCAL
A expansão da economia começa a ter resultados na Argentina: o
percentual da população situada
abaixo da linha da pobreza caiu
de 54%, no primeiro semestre de
2003, para 47,8% ao final do segundo semestre.
De acordo com dados do Indec,
11 milhões de argentinos que vivem nos 28 principais conglomerados urbanos do país ainda estão
abaixo da linha da pobreza -a
população argentina é estimada
em 36 milhões de pessoas. Os dados revelam que, desses 11 milhões de pessoas, 4,749 milhões
são considerados indigentes -ou
seja, não conseguem ganhar o suficiente para atender às necessidades básicas de alimentação.
Pelos cálculos do Indec, no período, 1,287 milhão de pessoas
deixou a linha abaixo da pobreza
e outro 1,585 milhão saiu da indigência -considerando somente
os centros urbanos. Do total de
pobres nas zonas urbanas da Argentina, 6,518 milhões (ou 53,4%)
vivem na região metropolitana de
Buenos Aires. Também na capital
argentina e arredores estão 2,43
milhões de indigentes (ou 51,2%
do total de indigentes que vivem
em áreas urbanas). Não poderia
ser de outra forma: a zona metropolitana de Buenos Aires abriga
mais de um terço da população
argentina. O levantamento do Indec não descreve a situação social
nas zonas rurais.
A Província (Estado) argentina
com mais grave situação de pobreza é Corrientes (norte): 68%
vivem em situação de pobreza, e
41,4%, na indigência.
Segundo o subsecretário de Política Econômica, Sebastián Katz,
um dos fatores que influenciaram
a queda dos níveis de pobreza foi
a criação de postos de trabalho. O
governo afirma que, no segundo
semestre de 2003, foram criados
1,3 milhão de empregos ""genuínos", sem considerar os argentinos beneficiados pelos planos sociais oficiais. Além disso, no período, a renda dos trabalhadores
do setor formal teve alta de 7%, e a
dos informais, de 11,5%.
A estimativa da Fundação Mediterrânea é que, se a economia
crescer 7% neste ano (como prevê
o governo), cerca de 940 mil de
pessoas deixarão a linha de pobreza. Mas a economia precisaria
crescer a uma taxa média anual de
6% por, no mínimo, nove anos
para que o país voltasse a ter níveis de pobreza próximos aos de
1998 -ano em que se iniciou a última recessão econômica.
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